Presidente fez a afirmação na abertura da reunião com os governadores em Brasília, no Palácio do PlanaltoMarcelo Camargo/Agência Brasil
BNDES deve emprestar dinheiro para empresas, governadores e prefeitos, afirma Lula
Presidente ressaltou que para 'ser um banco de desenvolvimento tem que, se necessário, conceder recusos para que getores concluam obras inevitáveis'
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a afirmar nesta sexta-feira, 27, que o BNDES "voltará" a ser um banco de desenvolvimento, financiando projetos dos governos estaduais e municipais, além das pequenas, médias e grandes empresas. "E para ser um banco de desenvolvimento tem que ter paciência e competência de se for necessário emprestar dinheiro para governadores concluírem obras que sejam inevitáveis. O dinheiro que o BNDES captar tem que ser repartido com investimento para pequenas e médias empresas, para as grandes, para governadores e prefeitos, dependendo da qualidade e importância da obra", afirmou em abertura da reunião com os governadores em Brasília, no Palácio do Planalto.
Lula citou ainda que o Banco do Nordeste não consegue "há muito tempo" emprestar dinheiro a governadores e que isso mudará em seu governo. Segundo ele, é preciso encontrar uma maneira de ajudar os chefes locais que eventualmente não consigam contrair esse tipo de dívida.
"Banco do Nordeste vai voltar a emprestar, se o governador tiver com as contas bem equilibradas para que possa fazer dívida. Obviamente que se não puder fazer dívida, vamos ter que encontrar um jeito de como ajudar a pagar a dívida. Mas se o governo tiver as contas em ordem e possibilidade de endividamento, não há porque o governo federal, através dos bancos públicos, não facilitar que os governadores tenham acesso para fazer as obras importantes para cada Estado", disse.
O presidente também citou a aprovação da PEC da Transição, que garantiu "fôlego" para que o governo cumpra compromissos sociais assumidos em campanha, apontou Lula. O espaço fiscal aberto pela PEC, reforçou o presidente, também será usado pelo Executivo para investir em obras de infraestrutura. "Sabemos que vocês têm obras que consideram prioritárias. E nós queremos compartilhar com vocês a possibilidade de repartir o sacrifício de fazer uma obra dessa", disse.
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