Provas produzidas podem ser anexadas aos processos conduzidos pela autarquiaDivulgação

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) instaurou na última sexta-feira, 27, dois inquéritos administrativos relacionados ao caso da Americanas. Um deles apura o possível uso de informação privilegiada para negociação de ações. O outro vai averiguar eventuais irregularidades envolvendo a descoberta de "inconsistências contábeis" no valor de R$ 20 bilhões.
O rombo foi comunicado no último dia 11 e, desde então, a varejista trava uma batalha na Justiça contra os bancos credores. Os dois inquéritos derivam de processos abertos anteriormente pela autarquia.
A instauração de inquéritos significa que a CVM reuniu informações suficientes que indicam a possibilidade do cometimento de irregularidades. Antes dessa etapa, a autarquia estabelece processos administrativos para colher os primeiros indícios.
Além dos dois inquéritos, a CVM tem outros seis processos administrativos abertos contra a Americanas. Os processos avaliam fatos diversos, como a adequação de comunicados feitos pela varejista após acontecimentos importantes.
No último dia 13, o Ministério Público Federal (MPF) também abriu um procedimento inicial para apurar a responsabilidade de executivos da companhia.
A comissão também pediu à Justiça para ter acesso a e-mails da cúpula da Americanas. A solicitação foi feita à juíza Andréa Galhardo Palma, da 2ª Vara Regional de Competência Empresarial e Conflitos Relacionados à Arbitragem, do Tribunal de Justiça de São Paulo.
Na última quinta-feira, 26, a pedido do Bradesco, em uma ação preparada pelo escritório Warde Advogados, ela aceitou a realização de prova pericial contábil para apurar as causas do rombo estimado em R$ 20 bilhões na Americanas.
O processo corre de forma paralela aos inquéritos da CVM. As provas produzidas podem ser anexadas aos processos conduzidos pela autarquia.
*Com informações do Estadão Conteúdo