Bandeiras do Mercosul, da União Europeia e do BrasilReprodução

A União Europeia (UE) espera assinar o acordo de livre-comércio com os países do Mercosul (Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai) em julho, disse o vice-presidente da Comissão Europeia, Frans Timmermans, na última segunda-feira, 30, no México.
"Esperamos que possamos fazê-lo antes da próxima cúpula com a América Latina, a ser realizada em 17 e 18 de julho em Bruxelas", informou Timmermans à AFP no último dia de um giro em que visitou Brasil, Colômbia e México.
"Adoraria se pudéssemos fazer isso antes do fim da presidência sueca", insistiu o vice-presidente da Comissão Europeia responsável pelas negociações climáticas internacionais.
Os líderes europeus "têm o dever urgente de garantir que o acordo UE/Mercosul alcance seu objetivo", acrescentou, citando o chanceler alemão, Olaf Scholz, em visita oficial ao Brasil nesta segunda-feira, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, e o presidente francês, Emmanuel Macron.
"Nosso objetivo é finalmente chegar a uma conclusão rápida", disse o chanceler Scholz durante uma visita oficial a Buenos Aires no domingo.
O acordo, concluído em junho de 2019 após vinte anos de negociações, segue à espera de aprovação parlamentar e sofre com fortes críticas de ambas as partes.
"Acho que há novos argumentos na mesa", continuou Timmermans, que se reuniu no Brasil com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, figura emblemática na luta contra o aquecimento global.
O compromisso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) contra o desmatamento é "autêntico", segundo o líder europeu: "Ele não teria nomeado Marina Silva ministra do Meio Ambiente se não fosse o caso".
Lula disse a Scholz nesta segunda-feira que "vamos fechar esse acordo, se tudo correr bem, quem sabe, até o final deste semestre", acrescentando que o Brasil espera introduzir mudanças, embora tenha prometido "abertura" nas negociações.