'Quem vai ditar o ritmo de recuperação do mercado de trabalho é a atividade econômica', avalia economista da FGVMarcelo Camargo/Agência Brasil

O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) caiu 0,8 ponto em janeiro, para 73,9 pontos, após ter subido no mês anterior. Em médias móveis trimestrais, o índice recuou 3,0 pontos, para 75,9 pontos, mantendo a trajetória de queda. As informações foram divulgadas pelo Instituto de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre) nesta terça-feira, 7. 
"Na virada para 2023, o IAEmp volta a cair, se mantendo em patamar historicamente baixo depois de uma sequência de resultados negativos no final de 2022. As expectativas de desaceleração econômica em 2023 também não deixam muitas esperanças de que o indicador volte a sinalizar uma trajetória positiva. Com a pandemia cada vez mais no passado, quem vai ditar o ritmo de recuperação do mercado de trabalho é a atividade econômica", avaliou Rodolpho Tobler, economista do FGV Ibre.
Em janeiro, quatro dos sete componentes do IAEmp contribuíram para o recuo, com destaque para os indicadores que medem a Situação Atual e Tendência dos Negócios de Serviços, que influenciaram igualmente com queda de 0,6 ponto, e o indicador de Emprego Previsto de Serviços, que contribuiu com declínio de 0,4 ponto.
Por outro lado, os indicadores de Emprego Previsto e Tendência dos Negócios da Indústria contribuíram com 0,3 e 0,8 ponto, mas foram insuficientes para reverter o resultado do IAEmp.