A desoneração dos impostos federais sobre a gasolina e sobre o etanol termina nesta terça-feira, 28. Preocupado com a arrecadação federal, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defende a reoneração. Enquanto isso, petistas têm vindo a público para criticar a medida e acelerar a fritura do ministro.
A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, por exemplo, escreveu no Twitter enquanto o ministro participava do G-20, na Índia, que uma eventual cobrança de impostos seria "penalizar o consumidor".
“Não somos contra taxar combustíveis, mas fazer isso agora é penalizar o consumidor, gerar mais inflação e descumprir compromisso de campanha”.
O líder do PT na Câmara, deputado Zeca Dirceu (PR), endossou a mensagem da presidente do PT. “A prorrogação da desoneração deve seguir, na busca de não afetar o bolso da população”.
O deputado Jilmar Tatto (PT-SP), secretário nacional de comunicação no PT, emendou, no Twitter, contra “o fim imediato da desoneração dos combustíveis”.
A isenção do PIS/Cofins sobre os combustíveis gera um rombo em torno de R$ 3,75 bilhões na arrecadação federal por mês. No primeiro dia de mandato, o presidente Lula assinou uma medida provisória prorrogando a isenção para o etanol e para a gasolina por dois meses. Para o diesel e para o gás de cozinha a isenção é válida até o fim do ano.
Se a partir de 1º de março o governo voltar a cobrar impostos federais sobre a gasolina e sobre o etanol, o impacto no preço deve ser de R$ 0,69 e R$ 0,24, respectivamente, ao consumidor final, segundo cálculos da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom).
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