O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, revelou nesta terça-feira (14) que o programa de renegociação de dívidas de inadimplentes, apelidado de "Desenrola", irá usar créditos tributários como garantia para as operações de pessoas com renda acima de dois salários mínimos.
Créditos bancários são acumulados quando as instituições financeiras pagam tributos antecipadamente por conta de financiamentos que, no futuro, deixam de ser pagos pelo tomador do empréstimo.
"Isso está previso na medida provisória que apresentamos para o presidente" disse, na primeira edição de 2023 da série de debates “E agora, Brasil?”, realizada pelos jornais O GLOBO e Valor, com patrocínio do Sistema Comércio, através da CNC, do Sesc, do Senac e de suas Federações, acrescentando que prepara outras medidas para aprimorar o crédito no país. "O alcance pode ser muito grande".
O Desenrola irá negociar dívidas tomadas junto a bancos, para isso, será criado um fundo garantidor de R$ 10 bilhões do Tesouro, que bancará operações dos trabalhadores que ganham até dois salários mínimos, para que eles recuperem sua capacidade de crédito.
O fundo permite que bancos cobrem juros mais baixos, já que o risco de calote é coberto pela União. Acima dessa faixa de renda, o governo vai usar créditos devidos aos bancos num modelo similar.
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