BC divulgou nesta terça-feira, 28, a ata da reunião do CopomMarcello Casal Jr/Agência Brasil
No parágrafo 18, o BC destaca que “a materialização de um cenário com um arcabouço fiscal sólido e crível pode levar a um processo desinflacionário mais benigno através de seu efeito no canal de expectativas, ao reduzir as expectativas de inflação, a incerteza na economia e o prêmio de risco associado aos ativos domésticos”.
O Copom pondera ainda que "não há relação mecânica entre a convergência de inflação e a apresentação do arcabouço fiscal, uma vez que a primeira segue condicional à reação das expectativas de inflação, às projeções da dívida pública e aos preços de ativos". Ou seja, a simples apresentação do texto não implicará em queda imediata da Selic.
A ata desta reunião, no entanto, mostra uma mudança no discurso do BC. Em fevereiro, o Copom alertava para uma "conjuntura particularmente incerta no âmbito fiscal". Agora, a instituição já demonstra, ao menos, ceticismo quanto ao novo arcabouço fiscal.
O arcabouço fiscal deve ser encaminhado ao Congresso Nacional até o dia 15 de abril, junto com a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).
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