Ministro da Casa Civil apontou que a desaceleração da inflação em fevereiro é um bom indicador para o Banco Central José Cruz/Agência Brasil
'Juros vão cair com certeza', afirma ministro da Casa Civil
Segundo Rui Costa, redução da taxa Selic se dará pela maior entrada de dólar no Brasil com novos investimentos estrangeiros
O ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse na últma terça-feira, 11, que a taxa de juros vai cair "com certeza", após a divulgação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de fevereiro, considerada a inflação oficial do país, que apontou alta de 0,71%, abaixo do esperado.
Segundo ele, a redução da taxa Selic se dará pela maior entrada de dólar no Brasil com novos investimentos estrangeiros, que serão viabilizados por concessões e parcerias público privadas, que estarão no próximo pacote de medidas do governo para acelerar a economia.
"Os juros vão cair com certeza. E esse otimismo e a entrada de dólar no Brasil a partir desses investimentos e de uma nova imagem do Brasil haverá de contribuir, não tem razão para manter os juros no patamar que estão. O maior juro do planeta. Hoje a sinalização de queda da inflação traz esse sentimento e reforça esse sentimento: de que os juros precisam cair", disse Rui Costa em entrevista à CNN Brasil.
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) se reunirá no dia 3 de maio, sob forte pressão do governo para reduzir a taxa Selic, que está em 13,75% ao ano, maior patamar desde novembro de 2016.
Costa disse ainda que o governo tem dado demonstrações de responsabilidade fiscal, por meio da apresentação do novo arcabouço fiscal, o que tiraria o medo do BC de uma eventual explosão da dívida pública.
"Estamos fazendo extinguindo a antiga Funasa, porque é uma empresa ineficiente e custava mais de R$ 1 bilhão, significa dinheiro público gasto de forma ineficiente. Estamos produzindo conceito no governo de qualidade de gasto público, mais do que a quantidade do que se gasta. Esse conjunto de iniciativas haverá de convencer o Banco Central a reduzir na próxima reunião a taxa de juros", concluiu.
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