Mercado esperava mudança mais radical na política de preços da PetrobrasLuciano Belford/Agência O Dia
Heitor De Nicola, especialista de Renda Variável e sócio da Acqua Vero, concorda que o mercado recebeu bem a mudança porque ela não foi "tão radical como o esperado".
"A ideia é que abdicando da obrigatoriedade de seguir a PPI, a Petrobras consiga ser mais competitiva em alguns mercados, sem ferir a rentabilidade da companhia", analisa Frederido, que diz que "ajustes baixistas tendem a continuar ocorrendo mais rápido do que os altistas".
Amance Boutin, especialista em combustíveis da Argus, diz que é possível esperar preços mais baixos dos combustíveis do que quando a política baseada exclusivamente no PPI estava em vigor.
"Tais mudanças na precificação podem impactar os resultados da empresa no médio e longo prazo, uma vez que os lucros ficam mais dependentes de um aumento nas vendas para compensar os preços menores praticados na nova política", analisa.
Há analistas que ainda apontam para risco de escassez de combustíveis por conta da nova política de preços. Além disso, há críticas ao fato da Petrobras não ter deixado claro quais custos estão incluídos no custo da empresa, um dos novos critérios para reajustar os preços.
"Isso dá margem para medidas discricionárias em relação aos preços dos combustíveis para conter artificialmente a inflação", avalia Pedro Raffy Vartanian, Professor Doutor do Mestrado Profissional em Economia e Mercados da Universidade Presbiteriana Mackenzie.
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