Ministro da Fazenda, Fernando HaddadValter Campanato/Agência Brasil
Haddad: 'Brasil tem obrigação de perseguir crescimento superior à média mundial'
Ministro da Fazenda comparou a situação brasileira com a conjuntura atual das economias de países desenvolvidos
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta sexta-feira, 19, que o Brasil reúne as condições necessárias para liderar o próximo ciclo de expansão da economia global. Na abertura do evento "High-level seminar on central banking: past and present challenges", promovido pelo Banco Central, em São Paulo, Haddad ressaltou a "obrigação" do país de perseguir um crescimento econômico mais forte que a média mundial para garantir os compromissos fiscais e sociais do governo.
Ele comparou a situação brasileira com a conjuntura atual das economias de países desenvolvidos, que enfrentam um quadro de inflação elevada. "O Brasil vem experimentando condições em que as taxas de inflação se reduzem, as projeções de crescimento são revistas para cima", disse.
Haddad também comentou a recente visita da delegação do Fundo Monetário Internacional, que melhorou as previsões para o desempenho da atividade econômica este ano. Segundo ele, o relatório do Fundo apontou "avanços" para o reequilíbrio das contas públicas nos últimos meses.
Cenário 'mais benigno'
O ministro da Fazenda destacou que o Brasil experimenta um cenário mais benigno neste momento, com queda das taxas de inflação e revisão para cima para o crescimento econômico. Além disso, citou a resiliência das reservas internacionais e o bom desempenho do comércio exterior.
No mundo, disse que as economias centrais estão com grande dificuldade de trazer a inflação para a meta. "O Brasil está experimentando uma situação em que as taxas de inflação se reduzem e as projeções de crescimento são revistas para cima. As condições internacionais tanto de comércio quanto de reservas vêm mostrando resiliência grande. Nós entendemos que o Brasil tem tudo, em um ambiente adverso, para sair na frente no próximo ciclo de expansão."
Haddad citou que, com Henrique Meirelles à frente do Banco Central (BC) nos primeiros mandatos de Lula, foi tomada a decisão de acúmulo de reservas para se blindar de choques externos, que aconteceram na sequência, como a crise de 2008, a pandemia de covid-19 e a guerra da Ucrânia. "O Brasil se preparou internamente para atenuar choques externos."
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