Gleisi Hoffmann publicou nota no site do PT convocando para os protestos contra os jurosDivulgação / Câmara dos Deputados
PT e centrais convocam atos contra juros altos e política de Campos Neto para dias do Copom
A presidente do partido, deputada Gleisi Hoffmann (PR), argumenta que os indicadores econômicos mostram que a Selic já devia ter caído há 'muitos meses'
O PT e as centrais sindicais convocaram atos contra os juros altos no País e a "política" do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, para os dias do Comitê de Política Monetária (Copom) deste mês, na terça e quarta-feira da próxima semana. Os protestos fazem parte da campanha contra os "juros abusivos", que começa na sexta-feira, 16, e é organizada pelas centrais sindicais. Mas o PT divulgou a convocação no seu site oficial, com direito a vídeo da presidente da sigla, Gleisi Hoffmann.
"A Central Única dos Trabalhadores (CUT) e demais centrais sindicais começam nesta sexta-feira, 16, uma campanha nacional para exigir do BC a redução da taxa Selic, que hoje é a mais alta do mundo (13,75%)", diz o texto no site do partido. "A maior taxa de juros reais do planeta foi imposta ao País pela diretoria do BC, que foi indicada por Bolsonaro", completa Gleisi no vídeo.
A presidente do PT ainda argumenta que os indicadores econômicos mostram que a Selic já devia ter caído há "muitos meses". "A inflação está diminuindo e o dólar também. Mas o BC bolsonarista insiste em manter a taxa nas alturas, sabotando o Brasil. Para mudar essa situação, estamos convocando a sociedade brasileira em um movimento amplo contra os juros altos."
O partido e o governo do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, estão, desde o início do ano, em uma cruzada contra o atual patamar da taxa Selic, de 13,75% ao ano, e as decisões do BC, mirando principalmente o presidente da autoridade monetária.
Na quarta-feira, 14, com a mudança de perspectiva do rating brasileiro pela S&P, considerada um respaldo às políticas econômicas que vêm sendo adotadas pelo governo, a temperatura aumentou ainda mais.
As manifestações nos dias do Copom serão realizadas em cidades onde há sedes do BC, mas também serão organizados atos de rua em lugares que não tenham sede do órgão, mas que sejam de grande circulação de pessoas, conforme as informações presentes no site do PT.
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