Chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central, Fernando RochaJosé Cruz/Agência Brasil
Déficit do setor público piorou em R$ 150 bi no acumulado do ano entre 2022 e 2023, diz diretor do BC
Cálculo considera contas do Governo Central, estados, municípios e estatais, com exceção de Petrobras e Eletrobras
Brasília - O chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central, Fernando Rocha, destacou nesta sexta-feira, 28, que a piora de R$ 63,6 bilhões no resultado primário do setor público consolidado em junho na comparação com o mesmo mês do ano passado se deve principalmente ao desempenho do Governo Central.
O setor público consolidado (Governo Central, Estados, municípios e estatais, com exceção de Petrobras e Eletrobras) registrou déficit primário de R$ 48,889 bilhões em junho. Em junho de 2022, houve superávit primário de R$ 14,395 bilhões.
As contas do setor público acumularam um déficit primário de R$ 20,369 bilhões no primeiro semestre, o equivalente a 0,39% do Produto Interno Bruto (PIB). Até maio, o acumulado do ano estava em campo positivo, de R$ 28,529 bilhões. No primeiro semestre do ano passado, houve superávit de R$ 129,895 bilhões.
"Houve piora de R$ 150 bilhões no déficit setor público no acumulado do ano entre 2022 e 2023", destacou Rocha. "É natural que haja uma execução de despesas maior no segundo semestre do ano, e em junho já houve essa inversão para déficit primário no acumulado do ano", completou.
O setor público consolidado também registrou déficit primário de R$ 24,270 bilhões em 12 meses finalizados em junho. Em porcentual do Produto Interno Bruto (PIB), o déficit é equivalente a 0,24%. As contas consolidadas do setor público estavam no azul em 12 meses desde novembro de 2021, mas o saldo positivo já vinha caindo bastante nos últimos meses. Até maio, o superávit acumulado era de R$ 39,023 bilhões.
"Em 12 meses, déficit do setor público é o pior resultado desde setembro de 2021", completou Rocha.
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