Seguro cobriria parte das perdas causadas por catástrofes naturais como a que ocorreu no Rio Grande do SulSILVIO AVILA / AFP
CNSeg vai propor substitutivo a projeto de lei sobre seguro catástrofe
A ideia é de que o produto tenha preços entre R$ 2 e R$ 5 por mês
A Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) vai propor um substitutivo ao projeto de lei 1.410, que tem como objetivo oferecer, em todas as regiões do país, acesso a seguro social contra desastres naturais. A proposta é oferecer direito a cobertura de bens e auxílio funeral decorrentes de eventos naturais catastróficos, como chuvas, enxurradas e deslizamentos, quando há reconhecimento de calamidade pública pelas autoridades locais.
A proposta é de que o produto tenha preços entre R$ 2 e R$ 5 por mês, de acordo com estimativas das seguradoras, um valor que poderia ser descontado diretamente na conta de energia elétrica. A indenização seria entre R$ 15 mil e R$ 20 mil por residência, com pagamento via Pix de forma automática para o segurado, mesmo o inadimplente.
"A indústria seguradora brasileira tem potencializado seus esforços para desenvolver produtos e soluções levem mais conforto e dignidade às vítimas e seus familiares", diz em nota o presidente da CNseg, Dyogo Oliveira. A entidade e grandes seguradoras se reuniram nesta quinta-feira, 21, com o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), para apresentar o substitutivo.
O Rio Grande do Sul foi atingido neste mês por um ciclone, que levou a fortes chuvas, deixou dezenas de mortos e desabrigados em diferentes cidades. Oliveira disse que o setor pagou cerca de R$ 6 bilhões em indenizações no estado no ano passado, em todos os ramos.
A CNseg afirma que os contratos firmados com as seguradoras ficariam sob responsabilidade das concessionárias de energia elétrica e do Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP), que fiscalizaria e regulamentaria a modalidade.
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