Presidente da Petrobras, Jean Paul PratesPaulo Pinto/Agência Brasil
Ele salientou que a exploração na Foz do Amazonas é um processo que pode acontecer de forma "extremamente descarbonizada". "A humanidade vai precisar de petróleo por bons 50 ou 60 anos à frente. Se nós não tivermos áreas de nova fronteira para explorar, vamos ter de importar petróleo de novo como Brasil e petróleo mais carbonizado que o nosso", afirmou.
Disse ainda respeitar as decisões do Ibama e o trabalho do Ministério do Meio Ambiente. "O Ibama mudou, o governo mudou, mudou tudo. Nós compreendemos e respeitamos sempre a posição do Ibama, da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, de reorganizar o Ibama e todas as pessoas que participavam desses licenciamentos, e fazer novas exigências", afirmou.
Prates classifica que a licença recebida na segunda-feira para a perfuração de petróleo na Bacia Potiguar, no Rio Grande do Norte e no Ceará, serve para demonstrar a forma de atuação da Petrobras na nova composição do Ibama. "A relevância dessa licença demonstra, permite à Petrobras mostrar o serviço dela atualizadamente."
Eólica em alto-mar
Segundo o presidente da Petrobras, a região do Nordeste brasileiro representa o ambiente mais competitivo, atrativo, rentável e favorável do mundo para o aproveitamento dos ventos no mar.
O executivo afirmou que o objetivo da estatal é, em menos de sete anos, explorar a energia eólica offshore (em alto-mar) na costa nordestina.
"Já estamos fazendo medições para instalação de projetos eólicos offshore. A Petrobras saiu do zero ao primeiro lugar em desenvolvimento de projetos eólicos offshore", afirmou Prates.
Ele salientou que o próximo plano estratégico da Petrobras deve subir o porcentual de capex (investimento) voltado para o desenvolvimento de rotas sustentáveis de 6% para 15%.
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