Presidente da Petrobras, Jean Paul PratesPaulo Pinto/Agência Brasil

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Estadão Conteúdo
O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nunca prometeu que os preços dos combustíveis seriam congelados e que o País deixaria de lado referências internacionais ao "abrasileirar" as tarifas - termo cunhado por Lula.
"O presidente Lula jamais prometeu que o preço nunca mais subiria, como se dissesse: ‘Vou me eleger e nunca mais vou subir o preço do combustível’", afirmou Prates, em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, que foi ao ar na noite de segunda-feira. "Também não houve desgarramento dos preços internacionais. O presidente nunca disse que nós vamos descolar completamente da referência internacional. Isso seria uma temeridade, porque nós não só importamos ainda parte dos produtos, como estamos inseridos na comunidade internacional."
Prates reiterou que a estatal tem total independência na definição dos preços dos combustíveis. "O governo não manda a gente subir, nem descer ou segurar (os preços), nada disso", afirmou.
Ele também voltou a criticar a política de Preço de Paridade de Importação (PPI), que começou a ser adotada na gestão de Pedro Parente, em 2017, e classificada por Prates como "nefasta". O tema também é alvo de críticas do presidente Lula e de outros membros do governo desde a campanha eleitoral.
"Aquilo era irreal, era aplicar o preço do pior concorrente do mercado e garantir a ele suas ineficiências. Ali, a Petrobras perdeu market share, ali a Petrobras não reagiu àquela imposição, que era um absurdo", defendeu Prates.
Refinarias
O presidente da Petrobras disse ainda concordar com o entendimento do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, sobre a necessidade de recompra de refinarias. O executivo mencionou haver uma análise em curso para a recuperação da capacidade de refino da estatal, sem dar mais detalhes sobre o tema.