Projeção do IPCA de 2025 é de 3,2%Freepik
Para 2025, que tem peso minoritário nas decisões de política monetária, a projeção é de 3,2% - um pouco acima do alvo central de 3,0% para o ano -, contra 3,1% em setembro. Para 2023, a expectativa do BC no cenário de referência é de 4,7%, bem mais baixa do que a projeção do Copom anterior (5,0%), ficando abaixo do teto da meta de 4,75%, e evitando o terceiro ano consecutivo de rompimento do objetivo principal do BC.
Todas as projeções já constavam no comunicado da semana passada, quando o Copom continuou o ciclo de corte da Selic (a taxa básica de juros) com queda de 0,50 ponto porcentual, de 12,75% para 12,25% ao ano.
Em relação aos preços administrados, a ata repetiu as projeções já informadas no comunicado de 9,3% para 2023, 5,0% para 2024 e 3,6% para 2025. Em agosto, as projeções eram de 10,5%, 4,5% e 3,6%, respectivamente.
O cenário de referência pressupõe a taxa de juros variando de acordo com a pesquisa Focus e o câmbio partindo de R$ 5,00 (arredondado no documento, conforme explicação do Copom) e evoluindo conforme a Paridade do Poder de Compra (PPC).
No comunicado e na ata, o Copom indicou que deve manter o mesmo ritmo de corte de juros nas próximas reuniões. "Em se confirmando o cenário esperado, os membros do Comitê, unanimemente, anteveem redução de mesma magnitude nas próximas reuniões e avaliam que esse é o ritmo apropriado para manter a política monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário."
O colegiado mais uma vez não determinou a duração do ciclo de afrouxamento dos juros básicos e repetiu que a magnitude total do ciclo de flexibilização ao longo do tempo dependerá da evolução de alguns elementos. São eles: "a evolução da dinâmica inflacionária, em especial dos componentes mais sensíveis à política monetária e à atividade econômica, das expectativas de inflação, em particular daquelas de maior prazo, de suas projeções de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos".
O Copom ainda salientou seu compromisso com a reancoragem das expectativas e a dinâmica desinflacionária, de um lado, e o, o ajuste no nível de aperto monetário em termos reais diante da dinâmica mais benigna da inflação antecipada nas projeções do cenário de referência, de outro.
Por isso, o colegiado pregou novamente serenidade e moderação na condução da política monetária.
"O Comitê reforça a necessidade de perseverar com uma política monetária contracionista até que se consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas", reiterou o documento.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.