Boletim Focus apontou crescimento no índice Foto: Reprodução/internet
Projeção no Focus do BC para relação dívida/PIB em 2023 sobe de 60,61% para 60,70%
indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o Produto Interno Bruto (PIB)
O Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Central trouxe aumento na projeção para o endividamento público neste ano na edição publicada nesta segunda-feira, 13. A estimativa para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o Produto Interno Bruto (PIB) em 2023 passou de 60,61% para 60,70%, ante 61,00% de um mês atrás.
Para o déficit primário em relação ao PIB este ano, a mediana continuou em 1,10%, mesmo nível de um mês antes.
O Ministério da Fazenda buscava entregar um resultado deficitário de 1,0% do PIB em 2023, mas o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, admitiu no fim de outubro que o resultado deve ser um pouco pior.
Já a estimativa do Focus para o déficit nominal este ano oscilou de 7,51% do PIB para 7,52%, ante 7,50% de um mês atrás.
O resultado primário reflete o saldo entre receitas e despesas do governo, antes do pagamento dos juros da dívida pública. Já o resultado nominal reflete o saldo já após as despesas com juros
2024
Para o próximo ano, a estimativa para a dívida líquida seguiu em 63,65% do PIB, ante 64,05% de quatro semanas antes. Já o déficit primário esperado para 2024 continuou em 0,80% do PIB. O déficit nominal projetado na Focus se manteve em 6,80% do PIB. Há um mês, os porcentuais eram de 0,83% e 6,75%, respectivamente.
No fim de agosto, o governo apresentou o projeto de lei orçamentária de 2024 ao Congresso. A peça prevê superávit de R$ 2,8 bilhões em 2024 (0% do PIB), mas depende da arrecadação de R$ 168,5 bilhões em medidas extras, entregues ao Parlamento junto com o Orçamento.
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, já avisou que o governo "dificilmente chegará à meta zero", até porque o chefe do Executivo "não quer fazer cortes em investimentos e obras". Desde então, aumentou o debate sobre uma possível alteração na meta fiscal do próximo ano.
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