Presidente do Banco Central, Roberto Campos NetoMarcelo Camargo/Agência Brasil

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou nesta quarta-feira, 22, que, embora o diferencial de juros entre Brasil e Estados Unidos esteja no menor nível desde 2012, os fundamentos do Brasil melhoraram muito neste período, enquanto os fundamentos norte-americanos sofreram uma piora recente. Por isso, mesmo com o diferencial um pouco menor do que a média, o câmbio tem desempenhado uma boa performance no Brasil, emendou.
Esse cenário, defendeu, mostra a credibilidade da política monetária que está sendo feita no país e que há espaço para cortar o corte de juros.
Campos Neto reiterou que o Brasil fez um trabalho rápido e cedo de subida dos juros e que teve um dos melhores resultados de "pouso suave", ou seja, em trazer a inflação para baixo com o mínimo de custo sobre o crescimento, emprego e crédito.
O banqueiro central repetiu que os juros no Brasil ainda estão altos, mesmo com o início do processo de queda, mas reforçou que foram os juros necessários para estabilizar a inflação.
"O Brasil é reconhecido internacionalmente como um país que fez dever de casa e é reconhecido como um bom trabalho", disse Campos Neto, em café da manhã com a Frente Parlamentar pelo Livre Mercado, no Senado Federal.