Rodrigo Pacheco, presidente do SenadoRoque de Sá/Agência Senado
Pacheco lembrou ainda que entrou na política em 2014 como deputado federal por Minas com a pretensão de ter apenas um mandato federal, mas que acabou assumindo novas responsabilidades ao longo dos anos. A declaração foi feita durante entrevista ao programa Canal Livre, que foi ao ar às 20h na "Band News".
"Sempre tive minha vida privada, bem construída, uma profissão que eu exercia em advocacia, do que eu gosto muito, inclusive. Considero que fui muito além do que eu pretendia. Fui senador por Minas Gerais, presidente do Senado Federal por duas vezes. Eu ouso dizer que tenho uma realização na minha vida pública e política hoje que não me permite alimentar perspectivas de futuro", disse Pacheco.
"Não tenho nenhum tipo de vaidade ou uma pretensão concreta de ocupar novos cargos públicos, seja de ministro de estado, seja de governador de Minas, embora obviamente quem diga que não tem o sonho de governar Minas sendo mineiro está mentindo", afirmou Pacheco.
Desafio histórico
Pacheco disse que hoje Minas Gerais vive um enorme desafio, um desafio histórico, de pagar a dívida que pode tornar Minas insolvente, gerando um colapso no estado, segundo ele, lembrando que "são R$ 160 bilhões de uma dívida que se acumulou muito nos últimos cinco anos, fruto de uma liminar do Supremo Tribunal Federal [STF] que permitiu que não se pagasse a dívida durante cinco anos. Então nada foi pago durante cinco anos e montou-se esse valor estratosférico", afirmou.
"Eu propus ao presidente Lula e ao governador Romeu Zema que pudéssemos ter uma alternativa de um regime de recuperação fiscal, que envolve a federalização das estatais", afirmou Pacheco.
Quando questionado se seria mais interessante privatizar a Cemig e Copasa ao invés de fazer a federalização, Pacheco disse que privatizado ou não, é preciso fazer o abatimento da dívida que o estado tem com a União.
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