Diogo Abry Guillen, diretor de Política Econômica do Banco CentralRaphael Ribeiro/ BC
Copom debateu quando a moderação na atividade viria, diz diretor do BC
Resultados da economia vieram mais forte que o esperado em 2022 e nos primeiros trimestres deste ano
O diretor de Política Econômica do Banco Central, Diogo Abry Guillen, disse nesta sexta-feira, 1, que o Comitê de Política Monetária (Copom) debateu nas últimas reuniões quando a moderação da atividade doméstica viria, visto que os resultados da economia vieram mais forte que o esperado em 2022 e nos primeiros trimestres deste ano.
"O primeiro trimestre foi impulsionado pela agricultura e o segundo trimestre pelo consumo das famílias. Isso é muito relacionado com a confiança do consumidor, que começou a cair na segunda metade do ano", destacou, em palestra no evento Barclays Day, em São Paulo.
Segundo o diretor do BC, tem sido difícil "entender e racionalizar" alguns números do mercado de trabalho, com a continuidade da abertura de vagas de trabalho sem pressões visíveis nos salários. "Alguma coisa está mudando no mercado de trabalho, com o desemprego reduzindo sem aparente pressão inflacionária. Há o risco de algo estar acontecendo e nós não estarmos vendo. Precisamos monitorar com cuidado", completou Guillen.
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