Gleisi Hoffmann Divulgação / Câmara dos Deputados
Ela alertou para o risco de o governo "ficar nas mãos do Banco Central, dos liberais e do mercado". Para Haddad, Gleisi reiterou que precisava fazer esses alertas, mas que torce muito para a política econômica dar certo.
A presidente do PT criticou a atuação do Banco Central, reiterando que o País não pode contar com política monetária e cambial, porque quem comanda a autoridade monetária, indicado por Bolsonaro, "é um neoliberal que atenta contra o Brasil". "Só temos política fiscal para avançar a economia", disse.
Ela repetiu que defende que o governo não deveria se preocupar com o resultado fiscal em 2024, e que poderia fazer um déficit de 1%. Haddad e a equipe econômica defendem a meta zero para o próximo ano.
Ela destacou ações que o governo colocou em prática, graças a PEC da Transição, ações como a atualização da tabela do Imposto de Renda e a reformulação do Bolsa Família. "Isso mexe com a renda do povo, mexe com nossa economia. Isso que faz o país crescer. O governo está de parabéns por essa realização. Tivemos coisas importantes encaminhadas pela Fazenda, como fundos offshore e exclusivos. Conseguimos tributar os super ricos", destacou.
Em relação a Haddad, ela disse que os dois às vezes têm algumas divergências sobre alguns pontos, arrancando risos do público.
Na parte política, Gleisi demonstrou preocupação com a composição mais conservadora do Congresso e defendeu que o PT deve concentrar esforços na eleição do Legislativo. Ela entende que a estratégia de fazer mais vereadores vai repercutir na eleição do Congresso Nacional em 2026.
"Se cair um pouco a popularidade de Lula, vocês não tenham dúvida do que o Congresso vai fazer, o mesmo que fizeram com Dilma", disse.
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