Geraldo Alckmin, presidente em exercício da RepúblicaValter Campanato/Agência Brasil
Parte do dinheiro para financiar incentivo à indústria será captado no mercado, afirma Alckmin
Ministro do Desenvolvimento disse que percebe um preconceito em relação ao BNDES e que o governo não fará nenhum tipo de aporte no banco de fomento
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou nesta quarta-feira, 24, que o programa Nova Indústria Brasil "não tem nada a ver" com a questão fiscal do País e que a iniciativa não terá nenhum tipo de despesa além daquela prevista no Orçamento.
"Parte do dinheiro para financiar o projeto de incentivo à indústria será captado no mercado", disse em entrevista ao "Portal UOL". "Não tem nenhum dinheiro do governo. Na realidade, não tem impacto fiscal."
Alckmin afirmou que percebe um preconceito em relação ao Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e disse reiteradas vezes que o governo não fará nenhum tipo de aporte no banco de fomento.
"No programa industrial, o BNDES quer participar de fundo na área de minerais críticos em áreas estratégicas, o valor é mínimo", afirmou. "O governo não vai fazer aporte no BNDES, não vai colocar recurso a mais".
Ele afirmou que o programa tem seis missões, com linhas de atuação que ainda serão posteriormente detalhadas. O vice-presidente defendeu o caráter de apoio à inovação do programa de fomento à indústria, assim como seus aspectos de incentivo à sustentabilidade e à competitividade.
Alckmin defendeu ainda um maior acesso da indústria a linhas de crédito e citou como exemplo a proposta de criação da Linha de crédito de Desenvolvimento (LCD), que está em andamento no Congresso.
"O crédito é fundamental para a indústria. O câmbio de R$ 4,90, R$ 5, é competitivo, é só não variar muito. Os juros altos estão em queda", pontuou.
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