Conselho da Anatel prevê atraso de até dois anos para metas do 5G na faixa renunciada pela WinityMarcello Casal JrAgência Brasil
Conselho da Anatel prevê atraso de até dois anos para metas do 5G na faixa renunciada pela Winity
A frequência de 700 MHz foi arrematada pela Winity por R$ 1,4 bilhão. Agora, com a desistência, os conselheiros preveem necessidade de um novo certame
Brasília - O Conselho Consultivo da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) decidiu nesta segunda-feira, 5, encaminhar um ofício ao Conselho Diretor em que pede sensibilidade aos impactos da renúncia da Winity à licença na faixa de 700 megahertz (MHz), adquirida no leilão da quinta geração da telefonia móvel (5G), em 2021. Na avaliação dos conselheiros, a renúncia poderá resultar em atraso de até dois anos para as metas previstas no contrato.
A Winity anunciou a renúncia no final de dezembro do ano passado Segundo a empresa, decisões da Anatel sobre acordos comerciais de compartilhamento da infraestrutura, que eram parte do modelo de negócios pretendidos, inviabilizaram as operações.
A frequência de 700 MHz foi arrematada pela Winity por R$ 1,4 bilhão. Agora, com a desistência, os conselheiros preveem necessidade de um novo certame.
Uma das previsões era de que a empresa cobriria 55 mil quilômetros de rodovias e 625 localidades remotas que não contam com rede de celular.
O superintendente da Superintendência de Controle de Obrigações (SCO), Gustavo Borges, afirmou nesta segunda-feira que as metas não foram cumpridas e que não há uma segunda empresa que possa assumir essa responsabilidade. "De fato teremos que fazer um novo leilão para essa faixa", disse.
A renúncia é um ato previsto no contrato, mas ainda terá que passar por apreciação do Conselho Diretor da Anatel.
Essa avaliação está prevista para ocorrer na reunião da próxima quinta-feira, 8. Na ocasião, a diretoria deve abordar quais as consequências legais para a empresa e o que deverá ser feito para retomar o cumprimento das metas do 5G.
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