Projetos aprovados pelo BNDES beneficiam diversos setores da indústriaDivulgação/BNDES
Apoio do BNDES à inovação alcança R$ 5,3 bi em operações aprovadas em 2023
Valor foi o maior dos últimos cinco anos e representa um aumento de 132% em relação a 2022
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou R$ 5,3 bilhões em operações de financiamento à inovação no ano de 2023, um aumento de 132% em relação a 2022. Considerando apenas operações contratadas diretamente com o Banco, o total aprovado foi de R$ 3,9 bilhões, incremento de 181% sobre o ano anterior.
O crescimento foi impulsionado principalmente pelo programa BNDES Mais Inovação, lançado em setembro, que oferece custo atrelado à taxa referencial (TR) para projetos de inovação e digitalização. Em menos de quatro meses de funcionamento, o programa registrou um total de R$ 3,5 bilhões aprovados em 24 operações para projetos de diferentes segmentos da indústria.
Desse total, 12 foram operações aprovadas diretamente com o Banco para investimentos em inovação – como projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I) e plantas pioneiras –, alinhados às missões da Nova Política Industrial brasileira. Entre os projetos, estão iniciativas de empresas de diferentes setores de alta tecnologia, como semicondutores, telecomunicações, saúde, mobilidade, equipamentos e motores elétricos.
Recentemente foram anunciados, por exemplo, financiamentos para a montadora de automóveis Volkswagen (R$ 500 milhões), para a fabricante de aviões Embraer (R$ 500 milhões), para a fabricante de medicamentos Hypera (R$ 500 milhões) e para a empresa de tecnologia Positivo (R$ 330 milhões, sendo R$ 258 milhões no BNDES Mais Inovação).
Na modalidade indireta, em que as operações ocorrem por meio da rede de agentes credenciados do BNDES, o programa BNDES Mais Inovação começou a funcionar em dezembro e teve outros 12 financiamentos aprovados até o fim do ano. Os investimentos, nesse caso, são destinados à difusão tecnológica e digitalização, principalmente por meio da compra de máquinas e da contratação de serviços inovadores, contribuindo para a digitalização e indústria 4.0 no segmento de micro, pequenas e médias empresas (MPME).
“O BNDES voltou a ter papel central no financiamento à inovação, em sintonia com o objetivo de promover a neoindustrialização do país, uma prioridade do governo do presidente Lula. Essas primeiras operações mostram que as condições oferecidas pelo programa podem induzir um aumento efetivo dos investimentos em inovação e digitalização, necessários para ganhos de produtividade”, afirma o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante. “O Congresso Nacional, ao permitir que o BNDES adotasse o custo em TR para projetos de inovação, criou um instrumento essencial para a consolidação de uma indústria nacional mais inovadora”, avaliou Mercadante, destacando que o programa atraiu empresas de todos os portes, muitas delas referências em seus segmentos de atuação.
O programa BNDES Mais Inovação tem dotação orçamentária de até R$ 20 bilhões para um período de quatro anos. O instrumento é parte da estratégia definida pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI) para promover a neoindustrialização no país, contando com a participação do BNDES e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), sob coordenação do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). Além dos recursos disponibilizados pelo Banco, há previsão de outros R$ 40 bilhões a serem disponibilizados pela Finep/MCTI com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT).
“Os recursos fazem parte do Plano Mais Produção, braço de financiamento da Nova Indústria Brasil. Ao todo, serão destinados ao menos R$ 300 bilhões para a consolidação de uma indústria nacional mais inovadora e digital, mais verde, mais exportadora e mais produtiva”, explica o diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do BNDES, José Luis Gordon.
O total aprovado pelo BNDES à inovação em 2023, de R$ 5,3 bilhões, contempla também projetos inovadores apoiados por meio de linhas de financiamentos tradicionais do Banco e com recursos do Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações (Funttel) – para operações do setor de telecomunicações – e do Fundo Clima – no caso de ações relacionadas à redução de emissões de gases de efeitos estufa e adaptação às mudanças climáticas.
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