Páscoa: preços dos ovos de chocolate têm variação de até 100%Foto Divulgação

Uma pesquisa da Superintendência para Orientação e Defesa do Consumidor (Procon - MS) apontou que a variação entre os ovos de Páscoa (chocolate), tradicionalmente consumidos nesta época do ano, pode ultrapassar a marca de 100% entre estabelecimentos nas grandes capitais. Segundo o estudo, o ovo de Páscoa Alpino de 337g é encontrado por R$59,99 em um comércio e em outro, por R$29,90, uma diferença de 100,64%.

Fernando Lamounier, educador financeiro e diretor da Multimarcas Consórcios, explica a importância de pesquisar os menores preços, mas alerta para que o comprador se atente às despesas, avaliando se compensa comprá-lo. “O consumidor deve buscar pelas melhores ofertas dentro do seu bairro, evitando, assim, despesas com estacionamento, combustível, locomoção, entre outros. A partir do momento que outras despesas são inseridas na compra, a oferta deixa de ser atrativa”.

“É essencial que o consumidor não realize compras por impulso. Além disso, em datas como essas é necessário ter um planejamento financeiro para não fazer dívidas futuras que podem fazê-lo entrar no vermelho”, destaca o especialista.

Mas como preparar uma páscoa mais criativa e econômica? Alessandro Tomazelli, CEO da Cia do Tomate, uma das maiores empresas de entretenimento infantil, dá dicas para os pais entreterem os pequenos sem gastar muito:

Crie interatividade com as crianças e use produtos mais acessíveis. A corrida dos ovos na colher é uma boa alternativa. Mas em vez da tradicional corrida com os ovos de galinha, compre ovinhos de chocolate - o pote com 100 ovinhos custa em média R$41,99.

A brincadeira do desenho do coelho é outra saída econômica para os pais. Reúna as crianças, colocando-as em roda para desenhar os coelhinhos. Em média, os coelhinhos de chocolates podem variar entre R$3,99 (kitkat do coelhinho de 29g) e R$9,90 (coelhinho de chocolate da marca Carrefour de 60g).
“O importante é avaliar o quanto a família poderá investir sem entrar no vermelho. Tomar cuidado com as parcelas que os grandes hipermercados anunciam e, o mais importante, não usar o crédito como extensão do salário. Assim, o consumidor evitará problemas futuros, como pagamento parcial da fatura, refinanciamento de contas e uso de limites de crédito”, finaliza Lamounier.