Ministro de Minas e Energia, Alexandre SilveiraLula Marques/Agência Brasil
Silveira classificou a pergunta sobre a permanência de Prates na presidência da estatal como "pertinente diante desse monte de especulação que surgiu nos últimos dias". Ele, porém, negou que tenha feito algum tipo de "manifestação direta" contra o presidente da Petrobras.
Na semana passada, ao jornal 'Folha de S. Paulo', Silveira reconheceu um conflito entre ele e Prates, mas disse ver as divergências como salutares, e não pessoais. "Sempre tive debates acalorados, verdadeiros. Mas debates transparentes sobre o que eu, como governo, defendo na Petrobras; e o presidente da Petrobras, naturalmente, como presidente de uma empresa. Os papéis são diferentes. Por isso, há um conflito", afirmou ao jornal.
Depois disso, começaram a circular em Brasília informações de que o governo avaliava a troca de Prates, e o Estadão confirmou que Lula chegou a sondar o atual presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, para assumir o comando da Petrobras. Silveira e Prates acumulam choques em relação a temas como preço de combustíveis e distribuição de dividendos extraordinários a acionistas da estatal.
Combustível do futuro
Outro tema que coloca os dois em terrenos diferentes, como o Estadão mostrou, é o projeto de lei do chamado "combustível do futuro", que prevê o aumento progressivo do biodiesel ao diesel.
Ontem, porém, o ministro disse que tem "o mais profundo respeito e admiração pelo trabalho que (Prates) desenvolveu como parlamentar, profundo carinho e respeito pelo ser humano que ele é". Também acrescentou que cabe a ele a defesa "intransigente das políticas públicas", mas não a presidência da estatal.
Silveira negou ainda "uma personificação" na divergência de posições entre ele e Prates. Segundo ele, "não existe personificação, existem posições públicas". "Qual o pecado em algumas questões pontuais?", questionou Silveira. "Não existe qualquer coisa além da especulação."
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