As políticas industriais tomadas por governos podem impulsionar a inovação em países onde são bem aplicadas, afirma o Fundo Monetário Internacional (FMI) em relatório sobre gastos fiscais publicado nesta quarta-feira, 10. Segundo o FMI, investimentos de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) destes países podem aumentar o PIB em até 2% para nações avançadas no médio prazo.
"Porém, esta virada para políticas industriais para apoiar inovação e tecnologia não é uma solução mágica", alerta a instituição.
O FMI destaca que é preciso que investimentos neste setor gerem benefícios sociais, sejam aplicados com grande capacidade administrativa, e sem discriminar empresas estrangeiras. Após a execução, podem ser uma boa estratégia para minimizar custos fiscais, como redução de emissões de carbono.
"A discriminação contra empresas estrangeiras pode ser autodestrutiva, uma vez que tais políticas podem desencadear retaliações", diz, e alerta que a maioria dos países — mesmo as principais economias avançadas — dependem da inovação realizada em outros locais para prosperar.
Embora o apoio à inovação possa compensar a longo prazo, o FMI pontua que os países com espaço fiscal limitado poderão sofrer com o pequeno retorno no curto prazo, sendo necessário redefinir prioridades para outras despesas.
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