Mesa de abertura da International Nuclear Atlantic Conference (INAC 2024)Divulgação

Rio - O presidente da Eletronuclear, Raul Lycurgo, destacou a oportunidade do Brasil assumir um papel de destaque no setor nuclear mundial. A afirmação foi feita durante a participação na mesa de abertura da International Nuclear Atlantic Conference (INAC 2024), organizado pela Associação Brasileira de Energia Nuclear (Aben), na noite da última segunda-feira (6), na Escola de Guerra Naval, localizada na Urca, Zona Sul do Rio.
"É uma janela que se abre. O mundo está investindo pesadamente no nuclear. O mundo já chegou a constatação que sem o nuclear a meta de zerar a emissão de carbono em 2050 não será alcançada. Isso é uma oportunidade gigantesca para o Brasil. Nós temos urânio, experiência e cérebros iluminados. Nós temos capacidade de ser o fornecedor de combustível para o mundo", disse Lycurgo.
Além de afirmar que o Brasil tem a matriz elétrica mais limpa do mundo, o executivo abordou a contribuição da energia nuclear dentro desse cenário e destacou a luta para o setor se estabelecer de maneira forte e perene no país.
"A Eletronuclear é a força centrífuga do setor. O processo da cadeia produtiva nuclear no Brasil é gigantesca. Não podemos fechar os olhos. A extensão da vida útil de Angra 1 e a retomada das obras de Angra 3 são projetos prioritários da companhia e de contribuição para toda a atividade nuclear no país. Vamos lutar fortemente para que sejam concluídos", finalizou Lycurgo.
Maior encontro 
Realizado com apoio da Eletronuclear, o evento é considerado o maior encontro do setor nuclear brasileiro e internacional no hemisfério sul, com mais de 500 trabalhos e pesquisas apresentados até 10 de maio. No primeiro dia, a Aben e a Universidade Federal Fluminense (UFF) assinaram um acordo de cooperação para promover o intercâmbio de recursos humanos na área.
Durante a abertura da INAC 2024, a diretora de Popularização, Tecnologia e Educação Científica do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Juana Nunes, destacou a necessidade de externalizar todo trabalho realizado no campo científico.
"Espero que o setor nuclear possa avançar cada vez mais. É necessário popularizar esse conhecimento. É fundamental que a sociedade conheça os benefícios da tecnologia nuclear e como isso pode influenciar positivamente na vida das pessoas", afirmou.