Respostas foram colhidas entre os dias 15 e 21 deste mêsJosé Cruz/Agência Brasil
A expectativa de crescimento foi influenciada pela carteira de recursos direcionados. A expectativa de crescimento saiu de 9,9% na pesquisa de março para 10,2% na rodada de maio. Na carteira para pessoas jurídicas, a projeção de alta saiu de 8,3% para 8,8% em relação ao mesmo período do ano passado, enquanto na carteira direcionada para pessoas físicas, subiu de 10,3% para 10,7%.
Na carteira livre, a projeção de alta ficou praticamente estável, em 8,6%. A carteira livre para empresas deve crescer 7,5% neste ano, enquanto as operações com recursos livres para pessoas físicas devem ter expansão de 9,5% neste ano.
O diretor de Economia, Regulação Prudencial e Riscos da Febraban, Rubens Sardenberg, afirma que a melhora nas projeções reflete os dados relativamente positivos da economia no início do ano.
A projeção de alta da carteira de crédito em 2025 ficou estável entre março e maio, em 8,9%. Os bancos esperam que o crédito direcionado continue a liderar a alta no ano que vem, com crescimento de 9,2%, enquanto a carteira livre deve apresentar crescimento de 8,7%. Em ambos os casos, as carteiras de pessoas físicas devem mostrar os melhores desempenhos.
Para este ano, os bancos reduziram de 4,5% para 4,4% a projeção para a inadimplência da carteira livre, considerados os atrasos acima de 90 dias. No ano que vem, espera-se uma queda de 0,3 ponto porcentual no indicador, para 4,1%, o que indica a expectativa de melhoria da qualidade de crédito.
Juros e PIB
A Febraban capturou ainda as expectativas dos bancos quanto à taxa Selic no final do ano. Após o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reduzir de 0,5 ponto percentual para 0,25 ponto o ritmo de corte dos juros, 33,3% dos bancos esperam que os juros encerrem o ano em 10,25% ao ano, o que indica apenas mais um corte nas próximas reuniões. Outros 33,3% esperam a Selic a 10%, com dois cortes.
Uma fatia minoritária, de 27,8%, espera a Selic abaixo de 10%, enquanto 5,6% dos bancos esperam que o Copom não faça mais cortes, o que manteria os juros em 10,50% ao ano. Para 44% dos bancos, o motivo mais importante para que as expectativas de inflação não estejam ancoradas é a percepção do compromisso do BC com o cumprimento da meta de inflação ao longo dos anos.
Para o PIB, 38,9% dos bancos esperam crescimento próximo ao consenso de mercado para este ano, de alta de 2,1%. Há viés de alta: 33,3% das instituições esperam um crescimento acima do consenso.
A pesquisa é feita a cada 45 dias, logo após a divulgação da ata da reunião do Copom.
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