Presidente da Câmara de Comércio e Industria Brasil-China, Charles Tang Divulgação
Fórum vai debater desenvolvimento agroambiental sustentável no Brasil e no mundo
Rio+Agro, entre 29 de julho e 2 de agosto, na Barra da Tijuca, também tratará sobre a relação comercial entre Brasil e China, com a presença de Charles Tang
Rio - A capital fluminense receberá, entre os dias 29 de julho e 2 de agosto, um grande fórum para debater desenvolvimento agroambiental sustentável e novos modelos de negócios no Brasil e no mundo. O Rio+Agro também vai atrair investidores internacionais, além de demonstrar a força da agricultura familiar para a segurança alimentar e igualdade social do país.
O evento terá mais de 50h de contéudo, com palestras, exposições de grandes marcas, tradução simultânea, mentorias com especialistas e debates sobre desafios do setor, focando no desenvolvimento do setor com equilíbrio econômico, ambiental e social.
"Unimos especialistas de todas as comunidades que influenciam o agronegócio mundial para dialogar sobre tópicos relevantes e os desafios que impactam as cadeias produtivas do agronegócio familiar e empresarial para geração de renda e igualdade social, garantindo a segurança alimentar mundial e evidenciando o potencial agroambiental do Brasil para o desenvolvimento sustentável das economias no século 21", afirmam os organizadores, em comunicado.
Relação com a China
O evento também tratará com destaque a relação entre o Brasil e China, abordando o fato do agronegócio representar um terço da exportação de produtos brasileiros para os chineses, com a presença do presidente da Câmara de Comércio e Industria Brasil-China, Charles Tang.
Segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária, o país asiático foi o destaque no aumento das exportações do agronegócio nacional, em 2023. Em comparação com o ano anterior, houve uma elevação de US$ 9,53 bilhões. No total, as vendas para os chineses chegaram a US$ 60,24 bilhões, um novo recorde e superam 1/3 da exportação brasileira.
Exportações
Os principais produtos negociados para a China foram soja, milho, açúcar, carne bovina, carne de frango, celulose, algodão e carne suína in natura. Nos quatro primeiros meses de 2024, o mercado nacional exportou US$ 17,09 bilhões em produtos agrícolas para os chineses. Já pelo lado inverso, o Brasil importou em grande maioria produtos florestais, fibras e produtos têxteis.
Apenas em 2023, essas negociações giraram em torno de US$ 1,18 bilhão.A boa relação entre os dois países que fazem parte dos Brics representa uma grande oportunidade para empresas nacionais aumentarem seus negócios com o mercado chinês. Ano passado, foram autorizadas a entrada na China de 38 plantas brasileiras, contemplando 34 frigoríficos e 4 entrepostos comerciais.
Acordos
No último dia 6 de junho, ocorreu a VII Sessão Plenária da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (COSBAN), em Pequim. O Brasil foi representado pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, e pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro. O evento marcou a celebração dos 50 anos de relações diplomáticas entre os dois países.
Diversos acordos foram assinados nesse encontro, incluindo setores do agronegócio como o aumento da exportação de café para a maior rede de cafeterias da China, o que pode representar uma negociação de US$ 500 milhões, com a venda de 120 mil toneladas do produto nacional. A expectativa do governo brasileiro é que essa parceria gere mais emprego e renda no setor.
Saiba como participar
O Rio+Agro será realizado no Campo Olímpico de Golfe, na Barra, que fica na Avenida General Moisés Castelo Branco Filho, 700. Os interessados em participar podem se inscrever on-line. Os valores variam de acordo com o tipo de participante e os dias escolhidos.
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