Edifício-Sede do Banco Central em BrasíliaMarcello Casal Jr/Agência Brasil
Queremos inovação do Drex em serviços para todos, diz coordenador do BC
Moeda será usada para digitalizar operações, mas não estará diretamente nas carteiras das pessoas
Embora as funcionalidades da moeda digital projetada pelo Banco Central (BC) sejam voltadas para o atacado - serão as instituições financeiras que farão transações com o Drex -, a intenção da autarquia é que os produtos desenvolvidos sejam voltados a toda a população. "Queremos que a inovação seja feita em serviços para todos, não só em produtos sofisticados" disse Fábio Araújo, coordenador do Drex no Banco Central, na abertura do Blockchain Rio.
O Drex será usado para digitalizar operações, mas não estará diretamente nas carteiras das pessoas. Baseado na tecnologia blockchain, a mesma em que são criados os criptoativos, o sistema está em testes para ser a base para registro de contratos financeiros. Para casos de pagamento, o Brasil já foi pioneiro na criação e no uso do PIX.
O piloto começou a rodar em abril de 2023. Neste segundo semestre, durante a fase dois do projeto, as instituições participantes estão realizando testes dos casos de uso do Drex. No fim do ano, o BC planeja abrir uma chamada para novos participantes, informou Araújo.
A moeda digital é sustentada pela Tecnologia de Registro Distribuído (DLT), na sigla em inglês. Nela, são possíveis rodar códigos programáveis chamados de contratos inteligentes. Uma das possibilidades em estudo é que estes contratos controlem, de forma digital, segura e instantânea, a transferências de bens como imóveis e automóveis.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.