Governo estrutura acordo político para que a indicação seja feita em agosto, ou no mais tardar em setembroMarcello Casal Jr/Agência Brasil
Wagner diz que 'hoje todo mundo no BC acha melhor antecipar indicação' de novo presidente
O líder do governo no Senado, afirmou, porém, que não há um prazo para que a escolha seja feita
O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), disse nesta terça-feira, 6, que "hoje todo mundo no Banco Central, mesmo quem está na direção, acha melhor indicar (antes)" o próximo presidente da autoridade monetária.
"Hoje todo mundo no BC, mesmo quem está na direção, pelo que ouço, acha melhor indicar (antes), porque BC trabalha com expectativa de futuro. Quem já vai sair, se não souber quem vai entrar, se segue quem? Se fizer a indicação, vai saber que a palavra desse (indicado) é que está valendo", disse Wagner. "Pelo que estou sentindo, a maioria das pessoas acredita que é bom indicar (antes), mas tudo tem que ser combinado", completou
O líder do governo no Senado, um dos mais próximos e longevos aliados políticos de Lula, afirmou, porém, que não há um prazo para que a indicação seja feita. "Não tem prazo. Não é nem o governo que quer antecipar. Se indicar, só adianta se for combinado para fazer a sabatina, senão não resolve", declarou.
Como mostrou o Broadcast Político (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) nesta terça, o governo estrutura um acordo político para que a indicação do novo presidente do Banco Central seja feita em agosto, ou no mais tardar em setembro.
Dentre os motivos para isso, está o de que a definição sobre o novo nome da autoridade máxima do BC diminua os poderes do atual presidente Roberto Campos Neto, indicado no mandato de Jair Bolsonaro e alvo de críticas recorrentes de Lula.
O plano que está sendo costurado pela ala política é para Lula indicar o nome do presidente do Banco Central para que os líderes do governo já comecem a articular a aprovação do futuro chefe da autarquia com o Congresso. O indicado deverá ser submetido à sabatina do Senado e o governo federal quer evitar contraposições ao novo nome.
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