Uso do cartão de crédito cresceu 14,3%Divulgação
Na comparação entre as modalidades, o destaque foi o uso do cartão de crédito, que cresceu 14,3%, registrando R$ 1,3 trilhão em pagamentos no primeiro semestre. O segundo maior volume no período foi o do cartão de débito, que movimentou R$ 486,2 bilhões (-0,2%). Já o cartão pré-pago somou R$ 181,5 bilhões, com crescimento de 24,8%.
Número de transações
No primeiro semestre, o uso dos cartões ultrapassou o patamar de 22 bilhões de transações (+10,3%), maior resultado para um semestre já registrado. Isso significa que os brasileiros fazem, em média, 120 milhões de pagamentos por dia.
O cartão de crédito foi a modalidade mais usada, com 9,5 bilhões (alta de 12,4%), seguido pelo cartão de débito, com 8,1 bilhões (alta de 2,8%) e pelo cartão pré-pago, com 4,4 bilhões (alta de 21,5%).
Uso no exterior
Entre janeiro e julho de 2024, os gastos de brasileiros com cartões no exterior continuaram a crescer de maneira importante, com avanço de 27,4% (em comparação ao ano anterior), e movimentaram US$ 7,9 bilhões (R$ 39,8 bilhões).
Os locais onde os brasileiros mais realizaram pagamentos com cartões foram a Europa, com R$ 17,8 bilhões (+25,7%), e EUA, com R$ 14,9 (+24%). Juntos, os dois destinos somaram R$ 32 bilhões. O valor gasto com cartões nas duas localidades juntas cresceu 24,9% no primeiro semestre, representando 82,1% do total transacionado no exterior.
Nas demais regiões, é relevante ressaltar o crescimento do uso dos cartões na América sem os EUA, cujo volume atingiu R$ 4,5 bilhões, registrando incremento de 38,2% no semestre — esse desempenho elevou sua participação de 8,2% para 11,3% do total movimentado no exterior.
Em seguida estão a Ásia, com R$ 1,9 bilhão (+39,7%), Oceania com R$ 399 milhões (+36,5%) e a África, com R$ 267,8 milhões (+70,5%).
Cartão de débito cresce no ambiente on-line
As compras remotas com cartões movimentaram R$ 460,3 bilhões no primeiro semestre de 2024. O uso dos meios eletrônicos de pagamento pela internet e outros canais remotos, como aplicativos e carteiras digitais, cresceu 18,8% no período.
O uso do cartão de débito em compras remotas cresceu acima da média nos últimos anos. Isso mostra que o débito continua ganhado cada vez mais espaço nas transações online, tendo apresentado crescimento de 15,5% no semestre, em comparação com o mesmo período do ano passado. Se avaliado o crescimento em relação ao período antes da pandemia, o uso do débito em compras não presenciais subiu 430,3%, enquanto o do cartão de crédito cresceu 202,7%.
Pagamento por aproximação
Os pagamentos por aproximação que utilizam a tecnologia NFC (Near Field Communication) movimentaram R$ 644 bilhões entre janeiro e junho deste ano. O volume transacionado pelas compras por aproximação cresceu 52,9% em comparação com o mesmo período do ano anterior.
A quantidade de compras por aproximação chegou a 60 milhões por dia. Ou seja, a cada hora, brasileiros realizam, em média, cerca de 2,4 milhões de pagamentos por aproximação. A quantidade total de compras cresceu 40% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Em junho de 2024, a quantidade de compras com cartões e outros dispositivos por aproximação ultrapassaram 60% do total de pagamentos realizados presencialmente, atingindo 61,1% — quase o dobro do registrado em 2022 (33,7%).
Pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha, a pedido da Abecs, mostra que 61% dos consumidores brasileiros costumam realizar pagamentos por aproximação A maioria usa a tecnologia de maneira frequente, ou seja, sempre ou quase sempre.
Petshop e autopeças em alta
No primeiro semestre de 2024, o segmento do varejo que registrou maior crescimento em valor transacionado com cartões foi o de petshops (+27,4%). Em segundo lugar aparece o setor de autopeças e afins com +16,4%, seguido pelo setor alimentício, com +15,4%. Bares e restaurantes registraram crescimento de +12,9%, eletrônicos e eletrodomésticos, 11,2%, e móveis e construção, +6,5%.
Em relação aos setores de serviços, quem lidera o crescimento de valor transacionado com cartões é o setor de companhias áreas, com +27%. Cultura e esportes aparecem em segundo lugar, com crescimento de 17,3%, seguidos por serviços médicos (+16,9%), turismo (+14,8%), profissionais liberais (+8,7%) e serviços financeiros (+7,3%).
Análise por região
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.