Redução na produção de 3,3% é explicada principalmente pelo menor desempenho das lavouras Foto Divulgação
Segundo a Conab, a redução na produção de 3,3% é explicada principalmente pelo menor desempenho das lavouras, já que a previsão é de uma queda na produtividade de 6,6%, esperada em 79 953 quilos por hectare ante 85.580 quilos por hectare no ciclo anterior. "Os baixos índices pluviométricos aliados às altas temperaturas registrados na região Centro-Sul do País são os principais fatores que devem reduzir a produção em relação à safra passada", disse a estatal em comunicado.
A estimativa de área plantada com cana é de 8,63 milhões de hectares em 2024/25, crescimento de 3,5% em relação ao ciclo 2023/2024 (8,33 milhões de hectares).
Com cerca de 50% da estimativa de produção de cana-de-açúcar colhida, a Conab verifica a manutenção da maior destinação da matéria-prima para a fabricação de açúcar. A produção para o adoçante está estimada em 46 milhões de toneladas, acréscimo de 0,7% ao obtido na safra anterior (45,68 milhões de t), um novo recorde na série histórica caso o resultado se confirme.
O etanol, outro produto fabricado a partir da cana, deve apresentar uma redução de 4,1%, sendo estimado em 28,47 bilhões de litros ante 29,69 milhões de litros na temporada anterior. "A menor destinação da cana para a produção do combustível é explicada pelas condições mercadológicas mais favoráveis para o açúcar, além da menor produção da matéria prima nesta safra", comentou a Conab.
Responsável por 64,2% da produção de cana no País, a região Sudeste tem uma colheita estimada em 442,8 milhões de toneladas, queda de 5,6% em comparação à safra 2023/24, com a maior redução, de 27,22 milhões de toneladas, observada em São Paulo. A produtividade média da região apresentou uma redução significativa, chegando a 82.879 quilos por hectare, 9,9% inferior que o registrado em 2023/2024, reflexo do forte déficit hídrico, ocasionando, desta forma, níveis críticos de disponibilidade de água no solo.
Para a região Centro-Oeste, a estimativa é de uma safra de 149,17 milhões de toneladas, alta de 2,8% quando comparada com o ciclo passado. Com a colheita atingindo cerca de 49% da produção, a produtividade média deve permanecer estável, mesmo com as adversidades climáticas ao final do ano passado, se mantendo em torno de 81.577 kg/ha. A alta na produção é influenciada pela maior área destinada à cultura em virtude de novos arrendamentos próximos às unidades de produção.
As áreas produtoras de cana no Norte e Nordeste do País acompanham o movimento de alta na produção registrada no Centro-Oeste. Mas nessas duas regiões, além do aumento de área, a Conab verifica também um incremento nas produtividades médias das lavouras.
Já no Sul, a região deve produzir 34,21 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, uma redução no volume obtido no ciclo anterior em razão da estimativa de menor produtividade e área.
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