Preocupações sobre o abastecimento global de petróleo aumentam Divulgação
"Este ataque terá consequências", alertou o porta-voz do exército israelense, Daniel Hagari, afirmando que os ataques não deixaram feridos.
A Guarda Revolucionária, exército ideológico do Irã, apresentou esta ofensiva como uma resposta ao assassinato do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, no Líbano, e de outros altos dirigentes desta organização.
"É uma escalada significativa do Irã", declarou o conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan.
"No curto prazo, uma implicação total do Irã (no conflito no Oriente Médio) poderia levar os mercados a enlouquecerem, e poderíamos elevar fortemente o preço do barril de cru", assinalou John Plassard, analista da Mirabaud.
"A perspectiva de um conflito mais amplo é uma ameaça para o abastecimento proveniente da região do Golfo Pérsico", explicou Ricardo Evangelista, da ActivTrades.
Uma perturbação nas exportações iranianas "teria grande impacto na China que, ao não receber estes barris a preços baixos (o Irã vende mais barato para convencer seus compradores a evitar as sanções dos Estados Unidos sobre seu petróleo), deveria comprá-los a preço de mercado em outros fornecedores do Oriente Médio", explicou Matt Smith, da Kpler.
Depois da disparada, os operadores se mostraram menos preocupados com as consequências deste ataque.
"Uma vez mais, parece que a chegada dos mísseis foi 'telegrafada' (anunciada) muito antes", comentou Smith. "O Irã responde, mas não irá muito longe para não provocar uma nova resposta."
Segundo Naeem Aslam, analista da Zaye Capital, "este ataque é uma picada de mosquito, pouco mais que fogos de artifício de parte do Irã" e uma guerra total entre o Irã e Israel não é uma possibilidade confiável.
Se o mercado esperasse uma guerra total, os preços do petróleo cru estariam "perto da cota dos 100 dólares", acrescentou o analista.
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