Decisão está pautada pela estratégia de negócios da companhiaCarrefour/Divulgação
Carrefour desiste de mercados dentro de condomínios
Maior rede de supermercados do país fechou 29 lojas localizadas na cidade de São Paulo e no ABC Paulista, no último fim de semana
São Paulo- O Carrefour desistiu do modelo de lojas autônomas em condomínio. A maior rede de supermercados do país fechou, numa tacada só, 29 lojas localizadas na cidade de São Paulo e no ABC Paulista, no último fim de semana. A decisão pegou de surpresa os moradores. A maioria das lojas está em condomínios residenciais, mas também há unidades em prédios de escritórios.
A empresa confirma, por meio de nota, que "a decisão de encerrar as operações de lojas autônomas Express em condomínios residenciais está pautada pela estratégia de negócios da companhia".
A guinada ocorre mais de dois anos e meio depois de a companhia francesa ter eleito o modelo de loja autônoma em condomínio como uma das prioridades. Em fevereiro de 2022, João Gravata, na época diretor de Proximidade da varejista, disse ao Estadão que o plano para aquele ano era acelerar a abertura de lojas autônomas em condomínios residenciais em relação à expansão dos pontos convencionais com a bandeira Express.
O foco da expansão seria a Grande São Paulo, onde a varejista teria feito um mapeamento e identificado que haveria um bom espaço a ser ocupado nessa região. Na época, a rede varejista tinha 14 lojas autônomas em funcionamento.
Surpresa
"Foi um choque", resume Thamara Agnolo, síndica do condomínio Dez Anhaia Melo, com duas torres e 444 apartamentos, na Vila Prudente, bairro da zona leste de São Paulo. Ela conta que, no último sábado, a funcionária do Carrefour, responsável em fazer a reposição de mercadorias da loja, avisou a portaria do condomínio que a loja seria encerrada. "Ela trancou a loja e colocou um aviso na porta", conta a síndica.
A unidade estava em funcionamento no condomínio havia um ano e meio e tinha um bom movimento, segundo Thamara, especialmente aos sábados.
A síndica mandou mensagens de WhatsApp para a pessoa do Carrefour responsável pela loja, mas até ontem não tinha obtido resposta. "Mandamos o contrato para o nosso departamento jurídico, porque há uma cláusula de multa rescisória."
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