Ministro da Fazenda, Fernando HaddadAgência Brasil
Mais uma vez, o ministro salientou que o Projeto de Lei da Reforma da Renda pressupõe neutralidade tributária e que houve o compromisso dos líderes do Congresso de respeitar essa neutralidade tributária.
Para o ministro, a reforma da renda é mais simples de ser aprovada do que a reforma do consumo, mas ele salientou que o Congresso é "absolutamente soberano" para decidir. Ele disse entender que a reforma da renda pode tramitar ao longo do ano que vem, que contará com uma agenda mais leve no Congresso, tampouco será um ano de eleição.
Haddad comentou que estava detalhando pontos muito técnicos, mas disse que tinha a intenção de dissipar informações que circularam na quarta-feira e que comprometem algumas avaliações do governo.
Ele criticou alguns cálculos feitos pelo mercado financeiro de que a conta chegaria a R$ 70 bilhões. "Não é nada disso", garantiu, dizendo que a conta certa é a que foi apresentada pela Receita Federal e que está na casa de R$ 35 bilhões, mas que será neutralizada pela compensação, prevista pelo próprio programa.
Ele salientou que há um prazo constitucional para o projeto de Imposto da Renda e que a ideia inicial era esperar a conclusão da tramitação do projeto de tributação do consumo, mas que o governo escolheu o momento atual como o melhor para enviar o PL da renda. "Estamos apresentando um conjunto de medidas que têm um impacto nos próximos dois anos, de R$ 30 bilhões em 2025 e de R$ 40 bilhões em 2026, totalizando R$ 70 bilhões", reforçou.
Ele salientou que o PL da renda foi "muito bem pensado" e que se trata de um trabalho de mais de um ano da Receita Federal. "O PL da renda é ponto que o Congresso terá seu tempo para analisar. Estamos apresentando conjunto de medidas para reforçar o arcabouço (fiscal)."
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