Muitos MEIs endividados aderiram ao DesenrolaReprodução/Associação Comercial da Bahia

Uma pesquisa realizada pelo Sebrae mostra que o programa Desenrola Pequenos Negócios teve uma adesão massiva dos microempreendedores individuais com dívidas e que se enquadravam nos critérios definidos pelo governo federal. De acordo com o levantamento, 93% dos microempreendedores individuais (MEI), que tinham dívidas até janeiro desse ano, aderiram à iniciativa.

Quando analisado o universo dos pequenos negócios, composto por MEI, micro e pequenas empresas, o resultado foi de 72% de adesão. A pesquisa do Sebrae mostrou que os pequenos negócios do Comércio que estavam dentro dos critérios do Desenrola foram os que mais aderiram ao programa (92%), seguidos dos empreendedores dos setores de Serviço (69%) e Indústria (49%).

Para o presidente do Sebrae, Décio Lima, o Desenrola Pequenos Negócios trouxe um alívio aos empreendedores endividados, que regularizaram sua situação e agora podem reinvestir na empresa, buscar novos empréstimos em condições mais favoráveis e voltar a crescer.
"Nós temos milhões de empreendedores que não conseguem obter crédito. Entre outras razões, está o fato de estarem inadimplentes. Com o Desenrola, estamos devolvendo a confiança a esses empresários", justifica.

Décio destaca que o Sebrae está junto do governo federal no programa Acredita, criado para permitir que os pequenos negócios possam ter acesso a crédito em condições mais vantajosas. "Nós fizemos um aporte de R$ 2 bilhões no Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas (Fampe), que vai viabilizar até R$ 30 bilhões em crédito para MEI, micro e pequenas empresas ao longo dos próximos três anos", detalha o presidente.
"Estamos trazendo o empreendedor da informalidade para a formalidade e abrindo as portas do sistema financeiro com a garantia de crédito e orientação do Sebrae. Esse setor vai impulsionar ainda mais a economia do nosso país", acrescenta Décio Lima.

Desenrola

Lançado no dia 13 de maio deste ano, o programa Desenrola Pequenos Negócios é voltado à renegociação de dívidas de microempreendedores individuais (MEI), microempresas (ME) e empresas de pequeno porte (EPP) inadimplentes até 23 de janeiro de 2024.
De acordo com o Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, a iniciativa já superou a marca de R$ 5,1 bilhões em dívidas renegociadas, contemplando 125 mil operações e beneficiando 82 mil microempreendedores individuais (MEI) e pequenas empresas.