Mediana do relatório para o IPCA de 2025 subiu pela 12ª semana consecutiva, de 4,96% para 4,99% Agência Brasil
A partir deste ano, a meta começa a ser apurada de forma contínua, com base na inflação acumulada em 12 meses. O centro continua em 3%, com tolerância de 1,5 ponto porcentual para mais ou para menos. Se o IPCA ficar fora desse intervalo por seis meses consecutivos, considera-se que o Banco Central perdeu o alvo.
A mediana para o IPCA de 2024 caiu de 4,90% para 4,89%, também acima do teto da meta, de 4,50%. Quatro semanas atrás, estava em 4,84%. Levando em conta apenas as 58 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa passou de 4,90% para 4,85%. O IPCA de dezembro será divulgado pelo IBGE nesta sexta-feira, 10.
A mediana do relatório Focus para o IPCA de 2026 subiu de 4,01% para 4,03%, pouco mais distante do centro do que do teto da meta Um mês atrás, estava em 4,0%. A estimativa intermediária para a inflação de 2027 aumentou de 3,83% para 3,90%, contra 3,58% quatro semanas atrás.
O Comitê de Política Monetária (Copom) considera o segundo trimestre de 2026 como horizonte relevante da política monetária O colegiado espera um IPCA de 4,0% nos quatro trimestres fechados nesse período, no cenário com a taxa Selic do Focus (de 6 de dezembro) e dólar começando em R$ 5,95 e evoluindo conforme a paridade do poder de compra (PPC).
Também no cenário de referência, o Banco Central espera que o IPCA termine 2024 em 4,90% e desacelere a 4,50% em 2025.
A estimativa intermediária para 2025 passou de 2,01% para 2,02%, contra 2,0% um mês antes. Levando em conta apenas as 38 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, oscilou de 2,0% para 2,06%.
A mediana para o crescimento do PIB de 2026 continuou em 1,80%, mesmo nível da semana anterior. A estimativa para 2027 permaneceu em 2,0%, como já está há 76 semanas.
O Banco Central espera que a economia brasileira cresça 3,50% em 2024 e 2,10% este ano, conforme o mais recente Relatório Trimestral de Inflação (RTI).
Considerando apenas as 38 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, mais sensíveis a novidades, a estimativa intermediária para a taxa básica de juros no fim de 2025 continuou em 15,0%.
A mediana para os juros no fim de 2026 se manteve em 12,0%. Um mês atrás, era de 11,0%. A projeção para o fim de 2027 continuou em 10,0%, mesmo nível de quatro semanas antes.
O Relatório Trimestral de Inflação (RTI) do Banco Central reforçou o cenário de deterioração da inflação, já sinalizado na ata da última reunião do Copom, e firmou a percepção do mercado de que será preciso uma taxa de juros rodando acima de 13,75% - estimativa adotada como pico do juro básico no cenário de referência do RTI - para a convergência da inflação à meta de 3%.
A estimativa intermediária para o déficit primário de 2025 continuou em 0,60% do PIB. Um mês antes, era de 0,70%. O indicador ainda está distante da meta deste ano, que também é de déficit primário zero, com tolerância de 0,25 ponto do PIB.
A mediana indica déficit primário de 0,50% do PIB em 2026, o mesmo nível da semana anterior. Um mês antes, a projeção era de um saldo negativo de 0,60% do PIB no ano que vem.
Nominal
A estimativa intermediária do Focus para o déficit nominal de 2024 continuou em 7,90% do PIB. Quatro semanas antes, era de 7,80%. A mediana se manteve em 8,38% do PIB. Há quatro semanas, estava em 8,15%. Os economistas do mercado esperam déficit nominal de 7,60% do PIB em 2026.
O resultado primário reflete o saldo entre receitas e despesas do governo, antes do pagamento dos juros da dívida pública. O resultado nominal reflete o saldo após o gasto com juros e outras despesas financeiras.
A mediana para a dívida líquida do setor público como proporção do PIB em 2024 passou de 62,80% para 62,70%, ante 63,04% de quatro semanas atrás. A estimativa intermediária para 2025 passou de 67,0% para 66,95% do PIB, ante 67,0% um mês antes. A projeção para 2026 se manteve em 70,80%.
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