IPCA de 2025 subiu pela 13ª semana consecutiva, de 4,99% para 5,0%Agência Brasil
Na sexta-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o IPCA de 2024 foi de 4,83%, acima do teto da meta, de 4,50%. Foi a oitava vez que o Banco Central descumpriu o alvo desde o início do regime de metas, em 1999.
O presidente do BC, Gabriel Galípolo, afirmou em uma carta aberta ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que o forte crescimento da economia, a depreciação cambial e os fatores climáticos explicam o descumprimento da meta no ano passado. As projeções da autarquia indicam uma lenta queda da inflação, que deve permanecer acima do teto até o terceiro trimestre.
A partir de 2025, a meta começa a ser apurada de forma contínua, com base na inflação acumulada em 12 meses. O centro continua em 3%, com tolerância de 1,5 ponto porcentual para mais ou para menos. Se o IPCA ficar fora desse intervalo por seis meses consecutivos, considera-se que o Banco Central perdeu o alvo.
A mediana do relatório Focus para o IPCA de 2026 subiu de 4,03% para 4,05%, a terceira alta seguida. Um mês atrás, estava em 4,0%. Considerando apenas as 50 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a projeção ficou estável em 4,0%.
A estimativa intermediária para a inflação de 2027 permaneceu em 3,90%, contra 3,66% quatro semanas atrás. A projeção para o IPCA de 2028 passou de 3,50% para 3,56%, ante 3,50% um mês antes.
O Comitê de Política Monetária (Copom) considera o segundo trimestre de 2026 como horizonte relevante da política monetária O colegiado espera um IPCA de 4,0% nos quatro trimestres fechados nesse período, no cenário com a taxa Selic do Focus (de 6 de dezembro) e dólar começando em R$ 5,95 e evoluindo conforme a paridade do poder de compra (PPC).
Também no cenário de referência, o Banco Central espera que o IPCA termine 2025 em 4,50% e desacelere a 3,60% em 2026.
A estimativa intermediária para 2026 continuou indicando crescimento de 1,80%. Um mês antes, era de 2,0%. Levando em conta apenas as 30 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, passou de 2,0% para 1,85%.
A mediana para o crescimento do PIB de 2027 se manteve em 2,0%, como já está há 77 semanas. A estimativa intermediária para 2028 continuou indicando alta de 2,0% para a atividade econômica, estável há 44 semanas.
O Banco Central espera que a economia brasileira tenha crescido 3,50% em 2024 e cresça 2,10% este ano, conforme o mais recente Relatório Trimestral de Inflação (RTI).
Considerando apenas as 41 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, mais sensíveis a novidades, a estimativa intermediária para a taxa básica de juros no fim de 2025 continuou em 15,0%.
A mediana para os juros no fim de 2026 se manteve em 12,0%. Um mês atrás, era de 11,0%. A projeção para o fim de 2027 aumentou de 10,0% para 10,25%, enquanto a estimativa para 2028 se manteve estável, em 10,0%.
O Relatório Trimestral de Inflação (RTI) do Banco Central reforçou o cenário de deterioração da inflação e firmou a percepção do mercado de que será preciso uma taxa de juros rodando acima de 13,75% - estimativa adotada como pico do juro básico no cenário de referência do RTI - para a convergência da inflação à meta de 3%.
A projeção anual de câmbio publicada no Focus é calculada com base na média para a taxa no mês de dezembro, e não mais no valor projetado para o último dia útil de cada ano, como era até 2020. Com isso, o BC espera trazer maior precisão para as projeções cambiais do mercado financeiro.
A projeção anual de câmbio publicada no Focus é calculada com base na média para a taxa no mês de dezembro, e não mais no valor projetado para o último dia útil de cada ano, como era até 2020.
Com isso, o BC espera trazer maior precisão para as projeções cambiais do mercado financeiro.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.