Produção brasileira de grãos na safra 2024/25 deve alcançar 328,31 milhões de toneladasReprodução/internet

A produção brasileira de grãos na safra 2024/25 deve alcançar 328,31 milhões de toneladas, o que corresponde a um crescimento de 10,3%, ou 30,6 milhões de t a mais, em comparação com a temporada anterior 2023/24 (297,75 milhões de t). Caso esse panorama se confirme ao final do ciclo, será um novo recorde para a produção na série histórica da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que apresentou hoje o 6º Levantamento da Safra de Grãos 2024/25. Em comparação com a previsão anterior, de fevereiro (325,71 milhões de t), o desempenho é 0,8% maior, ou 2,60 milhões de t a mais.

Segundo a Conab, "o resultado reflete tanto um aumento na área plantada, estimada em 81,6 milhões de hectares, como em uma recuperação na produtividade média das lavouras, projetada em 4 023 quilos por hectare".

Principal produto cultivado na 1ª safra, a soja tem estimativa de produção de 167,37 milhões de toneladas, 13,3% superior à safra passada. "Após o início de colheita mais lento, em virtude de atrasos no plantio e excesso de chuvas em janeiro, a redução das precipitações em fevereiro propiciou um grande avanço na área colhida", comentou a estatal.
Os rendimentos obtidos até o momento têm superado positivamente as expectativas iniciais em importantes Estados produtores, como Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais. Em compensação, no Rio Grande do Sul e em Mato Grosso do Sul, a irregularidade e a ausência de precipitações já afetou o potencial produtivo da cultura em quase todo o estado.

A Conab explicou que a colheita da soja dita o ritmo de avanço do plantio do milho 2ª safra, que já atinge 83,1% da área prevista. O índice está abaixo do registrado no último ciclo em período semelhante, porém mais alto do que a média dos últimos 5 anos. A expectativa da Conab é que haja um crescimento da área da 2ª safra do cereal em 1,9%, atingindo aproximadamente 16,75 milhões de hectares.

As condições climáticas até o momento são favoráveis e se estima uma recuperação na produtividade média nas lavouras, estimada em 5.703 quilos por hectares. Com isso, a produção apenas na 2ª safra do grão está projetada em 95,52 milhões de toneladas, variação positiva de 5,8% em relação à 2023/24. Este bom desempenho influencia na estimativa esperada para a produção total de milho de 122,76 milhões de toneladas, crescimento de 6,1%.

No caso do algodão, a expectativa é que o aumento na área semeada, estimada em cerca de 2 milhões de hectares, reflita em incremento na produção. A expectativa é de uma boa produtividade média nas lavouras, podendo ser a terceira maior já registrada na série histórica perdendo apenas para os últimos dois ciclos. Nesse cenário, a estimativa é que se colha 3,82 milhões de toneladas da pluma, estabelecendo um novo recorde para o País, ou aumento de 3,3% em comparação com a temporada anterior.

Para o arroz também se verifica aumento na área plantada em 6,5%, atingindo 1,7 milhão de hectares. As boas condições climáticas vêm favorecendo as lavouras, permitindo uma recuperação de 7,3% na produtividade média das lavouras, estimada em 7.063 quilos por hectare. Mantendo-se as condições atuais, a estimativa para a produção neste levantamento passa para 12,10 milhões de toneladas, aumento de 14,3% ante a safra anterior, que foi de 10,59 milhões de t.

Outro importante produto para os brasileiros, o feijão deverá registrar um ligeiro aumento na produção total de 1,5% na safra 2024/25, estimada em 3,29 milhões de toneladas. O resultado é influenciado principalmente pela expectativa de uma leve melhora na produtividade média das lavouras, uma vez que a área destinada para a leguminosa se mantém praticamente estável.

A Conab manteve a projeção para a área plantada com trigo, cultura de inverno. Os produtores devem semear 3 milhões de hectares, queda de 2,1% ante 2024 (3,06 milhões de hectares). A produção está estimada em 9,12 milhões de t, aumento de 15,6% ante a safra anterior (7,89 milhões de t).