A ClearSale, empresa espcializada em soluções antifraude, lançou a primeira edição do Radar do Mercado Financeiro Brasileiro, um estudo inédito que analisa as expectativas e comportamentos dos consumidores em meio à crescente digitalização dos serviços bancários. O levantamento combina dados exclusivos da ClearSale com insights de uma pesquisa conduzida em âmbito nacional pela Dynata, maior plataforma de dados primários do mundo, em dezembro de 2024.
O estudo aponta que o Pix é a funcionalidade bancária considerada mais útil por 95% dos brasileiros, reforçando a consolidação do pagamento instantâneo no cotidiano dos consumidores. Além disso, 47% dos entrevistados escolhem seu banco principal com base no recebimento de salário ou benefícios governamentais, seguidos por benefícios atrativos, como pontuação no cartão de crédito (41%) e taxas mais baixas (34%).
“O Radar do Mercado Financeiro não apenas revela as principais tendências do setor, mas também evidencia transformações no perfil do consumidor, trazendo desafios relevantes para o mercado financeiro”, afirma Eduardo Mônaco, CEO da ClearSale. Ele destaca ainda que “a digitalização acelerada e o avanço das fintechs impõem novas demandas de inovação e segurança. Com este estudo, reforçamos nosso compromisso de apoiar as instituições financeiras na construção de um ambiente mais seguro e confiável para os clientes”.
Fraude financeira: um desafio crescente
Ao todo, 33% dos participantes da pesquisa relataram ter sido vítimas de fraude financeira. Os golpes mais comuns, registrados nos últimos 12 meses, incluem fraudes no cartão de crédito, como clonagem e roubo de dados, mencionadas por 27% dos entrevistados. Também vale destacar que 21% relataram golpes via Pix, enquanto a clonagem de WhatsApp afetou 10% dos usuários e 14% mencionaram o golpe da falsa central telefônica.
“É importante reforçar estratégias robustas de prevenção de golpes e investimentos em soluções antifraude para garantir um ambiente financeiro mais seguro. Além disso, é fundamental que as instituições financeiras ampliem seus esforços na educação dos clientes, ajudando-os a identificar tentativas de golpe e a adotar boas práticas de segurança no dia a dia”, destaca Mônaco.
Segurança e tecnologia são fatores decisivos
A digitalização dos serviços financeiros trouxe benefícios, mas também desafios. Segundo a pesquisa, 92% dos entrevistados afirmam que priorizam segurança a rapidez em compras de cartão de crédito. Além disso, a preferência por notificação via aplicativo bancário (50%), como método de segurança, reforça a necessidade de investimentos contínuos na experiência digital. Enquanto isso, o segundo colocado, o WhatsApp, foi mencionado por apenas 16%. Outros canais ficaram bem atrás na preferência: 13% citaram ligações telefônicas, 12% optaram por e-mail e apenas 9% consideram o SMS a opção mais confiável.
“Esses dados destacam o papel central dos bancos na proteção dos clientes e a necessidade de manter uma comunicação próxima e didática, garantindo que os usuários tenham acesso às melhores ferramentas de segurança disponíveis”, analisa o CEO da ClearSale.
Bancos tradicionais X bancos digitais
O estudo também identificou um equilíbrio entre bancos tradicionais e digitais (neobanks). Enquanto as instituições financeiras tradicionais lideram em número de contas (55%) e preferência como principal opção (62%), os bancos digitais seguem ganhando espaço, representando 45% das contas e 38% da preferência dos consumidores. A adesão crescente às plataformas digitais reflete a busca dos brasileiros por soluções mais ágeis, convenientes e inovadoras.
Com a digitalização do setor financeiro avançando rapidamente, novos desafios e oportunidades surgem. De acordo com Mônaco, a adaptação das instituições às novas tecnologias, especialmente em segurança e inovação, será essencial para manter a confiança dos consumidores e enfrentar a crescente competitividade do mercado. “Este levantamento não apenas destaca tendências emergentes, mas também oferece uma visão estratégica para que as instituições financeiras se antecipem às mudanças do setor”.
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