Taxa acumulada pela inflação no ano foi de 2,75%Agência Brasil

A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou maio com alta de 0,26%, ante uma elevação de 0,43% em abril, informou nesta terça-feira, 10, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado coincidiu com o piso das estimativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que previam um aumento entre 0,26% e 0,43%, com mediana positiva de 0,34%.

A taxa acumulada pela inflação no ano foi de 2,75%. O IPCA acumulado em 12 meses ficou em 5,32%, resultado dentro das projeções dos analistas, que iam de 5,15% a 5,68%, com mediana de 5,40%.
Saúde
O grupo Saúde e cuidados pessoais saiu de um avanço de 1,18% em abril para uma alta de 0,54% em maio, dentro do IPCA. O grupo contribuiu com 0,07 ponto percentual para a taxa de 0,26% do IPCA do último mês.

O resultado foi impulsionado pelo aumento de 0,69% nos produtos farmacêuticos, após a autorização do reajuste de até 5,09% nos preços dos medicamentos, a partir de 31 de março. Houve influência também no grupo do avanço de 0,57% no plano de saúde, de acordo com o IBGE.
Alimentação e bedidas
Os preços do grupo Alimentação e Bebidas aumentaram 0,17% em maio, após alta de 0,82% em abril. Os dados são do IPCA.

O grupo deu uma contribuição positiva de 0,04 ponto percentual para o IPCA, que subiu 0,26% no mês de maio.

Entre os componentes do grupo, a alimentação no domicílio teve alta de 0,02% em maio, após ter avançado 0,83% no mês anterior. A alimentação fora do domicílio subiu 0,58%, ante alta de 0,80% em abril.
Habitação
Os gastos das famílias brasileiras com Habitação passaram de uma elevação de 0,14% em abril para uma alta de 1,19% em maio. O resultado levou a uma contribuição de 0,18 ponto percentual para a taxa de 0,26% registrada pelo IPCA.

A energia elétrica residencial aumentou 3,62%, impulsionada pela entrada em vigor da bandeira tarifária amarela no mês de maio, adicionando R$ 1,885 na conta de luz a cada 100 KWh consumidos. O subitem exerceu a maior pressão individual no IPCA do mês, uma contribuição de 0,14 ponto porcentual.

"A energia elétrica teve reajuste tarifário em algumas regiões, alta de PIS/Cofins e a bandeira tarifária amarela", lembrou Fernando Gonçalves, gerente do IPCA no IBGE. "Lembrando que mês que vem tem novo impacto sobre a energia elétrica, da bandeira vermelha em vigor agora em junho", acrescentou.

Em maio, houve reajustes tarifários nas tarifas de energia elétrica de: Recife, reajuste de 3,33% a partir de 29 de abril; Fortaleza, redução de 1,68% a partir de 22 de abril; Aracaju, reajuste de 6,99% a partir de 22 de abril; Salvador, reajuste de 2,07% a partir de 22 de abril; Belo Horizonte, reajuste de 7,36% a partir de 28 de maio; e Campo Grande, reajuste de 0,91% a partir de 08 de abril.

O gás de botijão aumentou 0,51% em maio, e o gás encanado subiu 0,25%. A taxa de água e esgoto avançou 0,77%, devido a reajustes de 9,98% em Recife desde 26 de abril, de 6,58% em Porto Alegre desde 4 de maio, de 4,76% em Rio Branco desde 1º de maio e de 3,83% em Curitiba a partir de 17 de maio.
Transportes
Os preços do grupo Transportes caíram 0,37% em maio, após queda de 0,38% em abril. Os dados são do IPCA.

O grupo deu uma contribuição negativa de 0,08 ponto percentual para o IPCA, que subiu 0,26% no mês de maio. Os preços de combustíveis tiveram queda de 0,72% em maio, após recuo de 0,45% no mês anterior.

A gasolina caiu 0,66%, após ter registrado queda de 0,35% em abril, enquanto o etanol recuou 0,91% nesta leitura, após queda de 0,82% na última.