Cerveja é a bebida alcoólica mais consumida do país, com mais de 90% do mercadoPixabay
Premiumização e saúde impulsionam o mercado
O segmento premium cresceu 3% em volume e 10% em valor em 2024, já representando mais de R$ 110 bilhões em vendas. Esse avanço é resultado de consumidores mais exigentes, que buscam experiências de maior qualidade, mesmo reduzindo a frequência de consumo.
Segundo a pesquisa Voice of the Consumer: Health and Nutrition Survey, realizada em fevereiro de 2025, 56% dos brasileiros (que bebem pelo menos ocasionalmente) afirmam estar tentando diminuir ou parar de beber, sendo que 26% apontam o desejo de economizar como uma das razões para essa decisão.
Consumo mais seletivo e importância da sazonalidade
Mesmo com o consumo fora de casa apresentando uma leve diminuição, seja por questões econômicas ou por saúde, períodos de alta demanda, como festas de fim de ano e Carnaval, seguem sendo importantes para o setor. Além disso, investimentos em dados e em IA estão tornando possível fazer ofertas personalizadas, promoções sazonais e oferecer maior acesso a produtos diferenciados.
Segundo Machado: "O verão brasileiro, com suas altas temperaturas, festas de fim de ano e o Carnaval, é um verdadeiro catalisador para o consumo de cerveja e outras bebidas alcoólicas. Nesses períodos, é importante se basear em dados para entender o comportamento do consumidor e criar ofertas que atendam às demandas pessoais, sazonais e regionais".
Inovação e desafios regulatórios no horizonte
O setor enfrenta desafios como inflação, custos de produção e possíveis mudanças tributárias, incluindo a implementação do "imposto do pecado" previsto para 2026/27. A tendência é que bebidas com menor teor alcoólico ganhem espaço, enquanto o segmento premium se fortalece como alternativa de valor.

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