Apesar da alta no IAEmp, FGV recomenda cautela na análise sobre aumento do nível de empregoReprodução
Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) sobe 1,7 ponto em março, afirma FGV
O índice sugere expectativa de geração de vagas adiante; quanto maior o patamar, mais satisfatório o resultado
O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) subiu 1,7 ponto na passagem de fevereiro para março, para 76,4 pontos, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). Em médias móveis trimestrais, o IAEmp aumentou 0,6 ponto.
"Pelo segundo mês consecutivo, o IAEmp avançou, mas ainda sem conseguir afastar a percepção de cautela. Os últimos resultados positivos são insuficientes para compensar a queda ocorrida na virada de ano e o patamar do indicador permanece historicamente baixo, sugerindo que altas recentes podem ser mais associadas à uma acomodação do que uma reversão de tendência. As perspectivas macroeconômicas no curto prazo continuam desafiadoras e devem continuar limitando uma melhora expressiva do indicador e do mercado de trabalho. Avanços mais fortes devem ocorrer somente com uma reação da atividade econômica", avaliou Rodolpho Tobler, economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.
O IAEmp sugere expectativa de geração de vagas adiante; quanto maior o patamar, mais satisfatório o resultado. O indicador é formado por uma combinação de séries extraídas das Sondagens da Indústria, de Serviços e do Consumidor, todas apuradas pela FGV. O objetivo é antecipar os rumos do mercado de trabalho no País.
Em março, quatro dos sete componentes do IAEmp contribuíram positivamente para o resultado. Os destaques foram os componentes de Tendência dos Negócios da Indústria, com avanço de 1,4 ponto, e Emprego Previsto da Indústria, com 1,0 ponto.
Na direção oposta, os piores resultados no mês foram dos itens Emprego Previsto de Serviços, com queda de 0,7 ponto, e Situação Atual dos Negócios da Indústria, recuo de 0,5 ponto.
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