Ex-presidente Jair Bolsonaro votou na Vila Militar acompanhado dos filhos, Carlos e Flávio, e do candidato RamagemPedro Teixeira/ Agência O Dia

Rio - Em fala de mais de uma hora à imprensa, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) dedicou poucas palavras sobre a disputa pela prefeitura do Rio após votar, na manhã deste domingo (6), na Escola Rosa da Fonseca Vila Militar, na Zona Oeste do Rio.


Acompanhado do candidato a prefeito Alexandre Ramagem (PL), do senador Flávio Bolsonaro e do vereador Carlos Bolsonaro, o ex-presidente mencionou que o correligionário ainda é tímido na política. "Ramagem desponta como uma liderança, apesar dele ser um pouco inibido ainda, mas está se soltando para política", brincou.

Perguntado se estava confiante para as eleições municipais cariocas, o ex-presidente preferiu destacar a campanha de outras capitais. ""Chance existe, pequena, mas existe. O PL que não tinha candidatura pelo Brasil em grandes capitais, praticamente não existia, passou a existir esse ano. Algumas capitais vamos para segundo turno: Maceió, Cuiabá, Manaus, Fortaleza, Palmas, Belo Horizante, muitas grandes cidades", afirmou sem mencionar o Rio de Janeiro.
O ex-presidente ainda afirmou que participou pouco da eleição do Rio de Janeiro. "Eu participei pouco aqui porque eu rodei o Brasil todo. Se bem que com as mídias sociais, eu faço um discurso em Rondônia e roda o Brasil. Quando eu faço um bom pronunciamento, de qualquer lugar do Brasil, eu estou fazendo campanha para todo o PL", avaliou.

Questionado sobre os próximos passos neste domingo de eleições, Bolsonaro afirmou que esperava que Ramagem lhe pagasse um almoço. Após proferir seu voto, Bolsonaro sugeriu aos correligionários uma pausa para comer pastel em Marechal Hermes.

O presidente afirmou que vai acompanhar a apuração dos votos em sua casa, no condomínio Vivendas da Barra. "Todos podem ir, só não pode levar gravador porque falamos muita besteira", brincou. Ramagem disse que deve acompanhar a apuração na casa de Bolsonaro.

Durante a fala à imprensa, o ex-presidente falou sobre temas ideológicos, reafirmando que não tomou a vacina e afirmou que se sentiu prejudicado nas últimas eleições gerais por ações do Tribunal Superior Eleitoral. "Fez campanha para o jovem tirar título de 16, 17 anos tirar o título. O jovem, 70% do voto, é na esquerda. Tudo que puderam fazer para prejudicar minha campanha, fizeram", avaliou.
Bolsonaro afirma que aconselhou Marçal a 'segurar um pouco'

Ao avaliar as eleições de São Paulo, Bolsonaro afirmou que está tudo bem e que entrou na campanha de Ricardo Nunes (MDB) nos últimos dois dias. O ex-presidente disse que vai apoiar "qualquer um" em caso de Guilherme Boulos (Psol) disputar o segundo turno.

"Em São Paulo está tudo bem. Entrei na campanha do Nunes nos últimos dois dias. O Mello Araújo (vice na chapa de Nunes) esteve na minha casa na sexta-feira e fizemos a live dele".
Bolsonaro disse que há dois meses conversou com Marçal e afirmou que ele tem futuro, mas tem que "segurar um pouco". O ex-presidente não comentou a apresentação de um laudo falso de exame toxicológico apresentado pelo candidato do PRTB em São Paulo contra Boulos. 
O ex-presidente afirmou que teria que ver o documento para avaliar, mesmo após reconhecer que a Polícia Civil classificou o laudo como falso. "Há dois meses, conversamos eu e Marçal por uma hora. Mais ninguém. Duas horas depois estava no jornal O Estado São Paulo que eu iria apoiá-lo. Alguém se equivocou. Mas ele faz essas coisas para dar polêmica, né? Tira recortes, tem recursos, impulsiona as mídias sociais. Então, ele é um pouco midiático. Eu falei para ele na época: 'você é um cara inteligente, tem futuro na política, mas tem que segurar um pouquinho", contou.