Edison Brittes confessou autoria do assassinato (Reprodução/ TV Globo) - Reprodução
Edison Brittes confessou autoria do assassinato (Reprodução/ TV Globo)Reprodução
Por O Dia

São Paulo - O caso envolvendo o assassinato do jogador Daniel Freitas pode ganhar mais um capítulo nos próximos dias. Uma testemunha afirmou que Edison Brittes, que admitiu ter matado o meia, teria convidado Daniel a ter relações sexuais com a sua esposa, Cristiana Brittes, naquela manhã. Essa situação teria ocorrido momentos antes de o atleta ser morto. As informações são do site "Massa News".

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São Bento foi o último clube de Daniel Reprodução
Daniel teve passagem pelo Coritiba Reprodução
Daniel teve passagem pelo Coritiba Reprodução
Daniel teve passagem pelo São Paulo Reprodução
São Bento foi o último clube de Daniel Reprodução
Daniel enviou foto ao lado de Cris Brittes, mulher de Edison, que confessou o assassinato do jogador Reprodução
Delegado Amadeu Trevisan deu coletiva de imprensa sobre os depoimentos do caso do jogador Daniel Corrêa Freitas Reprodução/ Facebook
Corpo do jogador Daniel foi encontrado em mata próxima a uma estrada de São José dos Pinhais (Reprodução/ RPC) Reprodução
Daniel jogou pelo Coritiba em 2017 Reprodução
Edison Brittes confessou autoria do assassinato (Reprodução/ TV Globo) Reprodução
Daniel defendeu o Botafogo em 2014: morte trágica após uma festa Vitor Silva / SS Press / Botafogo
  

"Ele disse que estava muito louco, que convidou Daniel para dormir com a mulher dele. Ele sabia, a mulher também, foi um acordo. E depois que ele viu que realmente os dois estavam juntos na cama ele se revoltou e resolveu matá-lo", comentou o rapaz que não quis se identificar.

Daniel enviou foto ao lado de Cris Brittes, mulher de Edison, que confessou o assassinato do jogador - Reprodução

De acordo com essa testemunha, Edison Brittes teria confessado a um amigo que usou drogas antes do crime, como cocaína e ecstasy. "A família tem direito de saber que Daniel não tentou estuprar ninguém, ele realmente é inocente na história", acrescentou.

A Polícia Civil do Paraná já descartou a hipótese de que o jogador de futebol Daniel Freitas tenha estuprado Chris Brittes. 

Ygor King, de 19 anos, e David Willian da Silva, de 18 anos, se apresentaram à Polícia Civil de São José dos Pinhais acompanhados de advogados - Reprodução/ TV Globo
 

Nesta quinta-feira, mais dois suspeitos se entregaram à polícia em São José dos Pinhais. Ygor King, de 19 anos, e David Willian da Silva, de 18 anos, se entregaram às 10h30 da manhã. Eles são suspeitos de participar do espancamento e da morte do ex-jogador. David e Ygor devem prestar depoimento nesta sexta-feira de manhã.

A prisão temporária deles foi expedida na quarta-feira, além da de outro suspeito, Eduardo Henrique da Silva, de 19 anos. Os três estavam no mesmo carro que o empresário. Brittes, a mulher, Chris, e a filha Alana já estavam detidos. 

Eduardo Henrique, que é primo de Alana Brittes, foi preso na quarta-feira em Foz de Iguaçu, onde mora.

A família de Daniel é esperada para depor ainda nesta quinta-feira.

O laudo da perícia mostra que Daniel tinha 13,4 dg/L de álcool no sangue. "Pelo grau de embriaguez, dificilmente, ele iria conseguir estuprá-la", declarou o delegado Amadeu Trevisan. Para ele, Daniel fez a foto só para enviar aos amigos. "Ele tem um grupo de amigos em que postavam fotos para competir quem pegava mais mulher." Os depoimentos dados pela família, segundo Trevisan, foram discrepantes.

Em depoimento, Edison Brittes disse que 35 garrafas de vodka foram consumidas por oitenta pessoas na comemoração do aniversário da filha.

Daniel, de 24 anos, era jogador do São Paulo e estava emprestado ao São Bento, time de Sorocaba que disputa a Série B do Campeonato Brasileiro. Ele tinha amigos na capital paranaense porque já havia jogado pelo Coritiba. No dia do crime, foi a São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, para participar de uma festa de aniversário da filha do casal Brittes, Allana, de 18 anos. No ano anterior, o jogador já havia ido à comemoração da jovem.

O empresário de 38 anos, que confessou o homicídio, disse ter flagrado Freitas tentando estuprar Cristiana. Ela chegou a dizer, em depoimento à polícia, que acordou com Daniel sobre ela "com pênis ereto para fora da cueca". Há imagens feitas por celular que mostram Daniel ao lado de Cristiana.

O corpo foi encontrado em uma plantação de pinos. Tinha sinais de corte no pescoço, espancamento e o pênis foi decepado. Conforme a polícia, ele foi espancado na casa de Brittes, colocado no porta-malas do carro do empresário e levado ainda vivo a essa plantação.

Prisões

Brittes, Cristiana e a filha estão detidos e serão indiciados por homicídio e coação de testemunhas. Os três homens que tiveram prisão decretada já haviam confessado à polícia estar no carro do empresário. Só um deles, de 19 anos foi detido, em Foz do Iguaçu (PR).

Em novo depoimento nesta quarta, segundo a TV Globo, Brittes mudou alguns trechos de sua versão. Alegou que foi um dos três rapazes quem arrombou a porta do quarto onde estariam Daniel e Cristiana e disse ter mentido para defender os outros. Ainda segundo a Globo, uma testemunha disse ter tentado impedir a agressão, mas foi empurrada. Outras duas relataram, também conforme a TV, que foram chamadas por Brittes para um encontro em um shopping para combinar uma versão.

Procurada pela reportagem, a defesa da família não se manifestou até a publicação desta matéria

Rapaz tímido

As circunstâncias em torno do assassinato de Daniel surpreenderam colegas no São Bento, time de Sorocaba (SP). "Não condiz com a imagem que temos dele. Era um rapaz tímido, recatado, pouco dado a bebida e balada. Ficamos muito chocados", contou Giovanni Coutinho, supervisor de futebol do clube.

Segundo Coutinho, a única vez em que o lateral falou para todo o grupo no vestiário foi após uma partida contra o Guarani (SP) no último dia 6, pela Série B do Campeonato Brasileiro. "Ele era super-responsável. Nunca se atrasou para um treino."

Dois jogadores, que pediram anonimato, acharam estranha a bebedeira atribuída a Daniel. Segundo eles, o atleta era convidado para festas e preferia ficar em casa. Nos quase quatro meses em que viveu em Sorocaba, nunca foi visto alcoolizado.

O atleta, de Juiz de Fora (MG), morava sozinho, num apartamento alugado por ele, na região central da cidade. O último treino com a equipe no estádio local foi no dia 16, antes de viajar para o Paraná. Ele foi à festa porque foi dispensado do jogo seguinte, contra o CRB. A diretoria do clube, onde ele tinha contrato até dezembro, disse acompanhar o caso.  

 

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