Bruno Luiz sempre volta ao 'lar' - Reginaldo Pimenta
Bruno Luiz sempre volta ao 'lar'Reginaldo Pimenta
Por Yuri Eiras

Bruno Luiz roeu o osso, e, agora, quer comer o filé. Criado na Vila Vintém, em Padre Miguel, Zona Oeste do Rio, sua história se confunde com os altos e baixos recentes do Bangu. Ele chegou ao time em 2008 para a disputa da Segundona do Carioca, em um dos capítulos mais tristes da história centenária alvirrubra. Rodou o Brasil jogando bola, mas sempre retornava ao lar.

Ele é o artilheiro do clube no século 21, e está de volta, 11 anos depois da primeira passagem, para ajudar na luta pelo título da Taça Rio. Amanhã, o Bangu encara o Vasco, no Maracanã, pela semifinal, com a vantagem do empate para se classificar à decisão.

Curiosamente, Bruno Luiz passou pelas categorias de base do Vasco, adversário de amanhã. O atacante de 34 anos jogou em mais de 15 clubes ao longo da carreira, mas não tem jeito: a maior identificação é, de fato, com o clube da Zona Oeste. Não à toa, ele é o artilheiro do clube neste século, com 38 gols.

"Eu sou o único campeão pelo Bangu desse elenco atual (Série B do Carioca, em 2008). Sinto uma felicidade grande de ver o Bangu voltar ao cenário nacional. Todos os torcedores, diretores, sabem o amor que eu tenho por esse clube. Ver o Bangu disputar a Copa do Brasil e o Brasileiro da Série D é muito importante", celebra Bruno Luiz, que comemora o regresso do time às competições nacionais, o que não acontecia desde a temporada de 2003.

Bruno Luiz está acostumado com tudo: o caminho até o estádio, o calor de Bangu, a cobrança, e até a incerteza se haverá um futuro tão glorioso quanto o passado. Afinal, cria é cria. "Sou nascido e criado na Vila Vintém. Todo mundo aqui me conhece. Alô, Vila Vintém, Praça dos Cadetes!", brinca o atacante.

"Eu, que já conheço o clube, sei que o torcedor cobra bastante, mas é porque sabe da grandeza do Bangu. O Bangu pode e tem que estar no cenário nacional. O grupo, a comissão técnica, estamos nos esforçando ao máximo para que isso aconteça. E que isso se mantenha", frisa Bruno.

"Os meninos que chegaram há pouco tempo não conhecem os antigos como eu. Tenho um carinho grande pelo pessoal da portaria, os roupeiros, o Seu Zé (espécie de zelador de Moça Bonita)...Convivo com eles há muito tempo. Esse momento é por eles também", completa

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