Campeã olímpica, pan-americana e mundial, Rafaela Silva pode continuar competindo
 - CARL DE SOUZA / AFP
Campeã olímpica, pan-americana e mundial, Rafaela Silva pode continuar competindo CARL DE SOUZA / AFP
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Flagrada em exame antidoping no Pan-Americano de Lima, em agosto, a judoca Rafaela Silva jura inocência. Uma das principais atletas do país, ela recebeu a imprensa na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, na Urca. E garantiu não ter usado de forma consciente nenhuma substância proibida. "Estou aqui para dar a minha cara a tapa. Fiz os testes, estou limpa. É continuar treinando, competindo e provar minha inocência", afirmou a campeã olímpica, mundial e pan-americana.

O exame acusou fenoterol, substância que tem efeito broncodilatador e costuma ser usado em tratamento de doenças, como a asma: "Quisemos antecipar, mas não podíamos falar antes da audiência. Não tenho nada a esconder. Não tomo remédio, bebida alcoólica. Sempre tive cuidado, não pego garrafa de ninguém. Estou na mira, no alvo da Wada (agência de doping) desde que cheguei à Seleção, em 2010".

Ela suspeita que a contaminação tenha acontecido pelo contato constante com a menina Lara, de sete meses, filha de Flávia Rodrigues, outra judoca do Instituto Reação. A garotinha usa medicação contra asma e teria estado com Rafaela em 4 de agosto, cinco dias antes do teste. "Eu não faço uso dessa substância, não tenho asma. Quando fiquei sabendo, fiquei pensando todos os dias o que poderia ter acontecido. A única pessoa que fez uso dessa substância foi a Lara. Eu tenho mania de dar meu nariz para a criança chupar. Conforme ela vai chupando, eu vou inalando as substâncias", comentou.

Advogado de Rafaela Silva, Bichara Neto esclareceu que o fenoterol não é uma substância proibida pela Wada, mas especificada, o que permite à atleta apresentar a defesa. "A Rafaela não está suspensa", esclareceu o advogado, confiante no sucesso da defesa.

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