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O Botafogo, enfim, conseguiu uma vitória na longa disputa judicial com Willian Arão, hoje no Flamengo. Os três ministros da Quarta Turma do Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília, deram razão ao Alvinegro, que pedia uma reavaliação do julgamento ocorrido no Tribunal Regional do Trabalho (TRT-RJ), que, à época, deu vitória a Arão. O processo será reexaminado, e a decisão final deve sair em até duas semanas.

Willian Arão defendeu o Botafogo em 2015, durante a disputa da Série B do Campeonato Brasileiro, e foi um dos destaques da equipe, campeã da Segundona. Ele atuou em 58 partidas e marcou sete gols.

Na reta final da competição, porém, o volante manifestou o interesse em se transferir para o Flamengo. No entanto, o contrato do jogador com o Botafogo previa uma renovação automática por mais um ano, caso o clube depositasse R$ 400 mil na conta — a multa rescisória passaria para R$ 20 milhões, com 70% do clube e 30% de Arão. 

Na época, a diretoria do Botafogo fez dois depósitos na conta de Arão para renovar automaticamente o vínculo. O atleta, porém, devolveu ambos e se transferiu para o Flamengo no início de 2016, onde permanece até hoje.

Inicialmente, o TRT-RJ entendeu que o contrato estava em discordância com a nova regra da Fifa, que proíbe grupos de investidores de terem direitos econômicos de jogadores e deu ganho de causa a Arão. O Alvinegro recorreu ao TST, que agora reabriu o caso para nova análise.

Desde então, as diretorias de Botafogo e Flamengo entraram em atrito nos bastidores e romperam relações. Na administração de Carlos Eduardo Pereira, presidente do Alvinegro à época, o Rubro-Negro ficou proibido de mandar jogos no Nilton Santos. A disputa também teve consequências nos duelos dentro de campo. Willian Arão até hoje é muito vaiado quando enfrenta o Botafogo.

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